Não tome Mysimba:
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se tem alergia à naltrexona, ao bupropiom ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6);
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se tem uma pressão arterial anormalmente elevada (hipertensão) que não está controlada com medicação;
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se tem uma doença que causa ataques epiléticos (convulsões) ou se tem antecedentes de convulsões;
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se tem um tumor cerebral;
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se bebe normalmente muito álcool e deixou de beber recentemente, ou vai parar enquanto estiver a tomar Mysimba;
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se parou recentemente de tomar sedativos ou medicamentos para tratar a ansiedade (especialmente benzodiazepinas), ou se vai parar de tomar durante o tratamento com Mysimba;
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se tem ou já teve um distúrbio bipolar (alterações de humor extremas);
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se está a utilizar quaisquer outros medicamentos que contenham bupropiom ou naltrexona;
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se tem um distúrbio alimentar ou se teve um no passado (por exemplo, bulimia ou anorexia nervosa);
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se tem atualmente dependência crónica de opiáceos ou de agonistas opiáceos (por exemplo, metadona), ou se está a passar por uma síndrome de abstinência aguda (“ressaca”);
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se está a tomar medicamentos para a depressão ou doença de Parkinson, conhecidos por inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), ou se os tomou nos últimos 14 dias;
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se tem uma doença de fígado grave;
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se tem uma doença de rins em fase terminal.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Mysimba.
Isto é importante porque algumas condições tornam-no mais propenso a ter efeitos secundários (ver também secção 4).
Caso se sinta deprimido, a pensar em suicídio, tenha antecedentes de tentativa de suicídio, ataques de pânico ou quaisquer outros problemas de saúde mental, deve informar o seu médico antes de tomar este medicamento.
Ataques (convulsões)
Foi demonstrado que Mysimba causa ataques epiléticos (convulsões) até 1 em 1.000 doentes (ver também secção 4). Deve informar o seu médico antes de tomar este medicamento:
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se teve alguma lesão cerebral grave ou traumatismo craniano;
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se bebe regularmente álcool (ver “Mysimba com álcool”);
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se usa regularmente medicamentos para o ajudar a dormir (sedativos);
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se está atualmente dependente ou viciado em cocaína ou em quaisquer outras substâncias estimulantes;
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se tem diabetes que controla com insulina ou outros medicamentos orais, visto que estes fármacos podem causar níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia); ou,
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se está a tomar medicamentos que podem aumentar o risco de convulsões (ver “Outros medicamentos e Mysimba”).
Se tiver um ataque (convulsão), deve parar de tomar Mysimba e consultar o seu médico de imediato.
Deve parar imediatamente de tomar Mysimba e consultar o seu médico se tiver quaisquer sintomas de uma reação alérgica, como inchaço da garganta, língua, lábios ou rosto, dificuldade em engolir ou respirar, tonturas, febre, erupção cutânea, dor nas articulações ou nos músculos, comichão ou urticária depois de tomar este medicamento (ver também secção 4).
Deve falar com o seu médico, especialmente se:
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tem pressão arterial elevada antes de tomar Mysimba, porque a situação pode agravar-se. A sua pressão arterial e frequência cardíaca serão medidas antes de começar a tomar Mysimba e durante o tratamento. Se a sua pressão arterial ou frequência cardíaca aumentar significativamente, pode ter de parar de tomar Mysimba;
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tem uma doença arterial coronária não controlada (uma doença causada por um fraco fluxo sanguíneo nos vasos sanguíneos do coração) com sintomas como angina de peito (caracterizada por dor no peito) ou um ataque cardíaco recente;
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tem ou teve uma doença que afete a circulação do sangue no cérebro (doença vascular cerebral);
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tem quaisquer problemas no fígado antes de começar a tomar Mysimba;
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tem quaisquer problemas de rins antes de começar a tomar Mysimba;
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tem antecedentes de mania (sensação de euforia ou grande excitação que resulta em comportamentos estranhos).
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Se tomar medicamentos para a depressão, o uso destes medicamentos juntamente com Mysimba pode causar síndrome serotoninérgica, uma condição com potencial risco para a vida (ver “Outros medicamentos e Mysimba” nesta secção e secção 4.)
Síndrome de Brugada
se tem uma doença chamada síndrome de Brugada (uma síndrome hereditária rara que afeta o ritmo cardíaco) ou se paragem cardíaca ou morte súbita ocorreram na sua família.
Idosos
Aconselha-se precaução quando tomar Mysimba se tiver 65 anos ou mais. Mysimba não é recomendado se tiver mais de 75 anos.
Crianças e adolescentes
Não foram realizados estudos em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. Por conseguinte, Mysimba não deve ser utilizado em crianças e adolescentes com menos de 18 anos.
Outros medicamentos e Mysimba
Informe o seu médico ou farmacêutico, se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Não tome Mysimba com:
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Inibidores da monoamina oxidase (medicamentos para tratar a depressão ou doença de Parkinson), como fenelzina, selegilina ou rasagilina. Tem de parar de tomar estes medicamentos pelo menos 14 dias antes do início do tratamento com Mysimba (ver “Não tome Mysimba”).
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Opiáceos e medicamentos contendo opiáceos, por exemplo, para tratar a tosse e as constipações (tais como preparações contendo dextrometorfano ou codeína), dependência a opiáceos (como a metadona), a dor (por exemplo, morfina e codeína) e a diarreia (por exemplo, paregórico). Tem de parar de tomar quaisquer opiáceos pelo menos 7-10 dias antes do início do tratamento com Mysimba. O seu médico sujeitá-lo(a)-á a análises clínicas para se certificar que o seu organismo já não tem vestígios destes medicamentos antes de iniciar o tratamento. A naltrexona bloqueia os efeitos dos opiáceos; se tomar doses mais elevadas de opiáceos para superar estes efeitos da naltrexona, pode sofrer uma intoxicação aguda de opiáceos que pode pôr em risco a sua vida. Depois de interromper o tratamento com Mysimba, pode estar mais sensível a doses mais baixas de opiáceos (ver “Não tome Mysimba”).
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes. O seu médico monitorizá-lo(a)-á atentamente para detetar eventuais efeitos secundários:
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Medicamentos que podem, quando utilizados em monoterapia ou em associação com a naltrexona/bupropiom, aumentar o risco de ataques, como por exemplo:
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medicamentos para tratar a depressão e outros problemas de saúde mental;
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esteroides (exceto gotas, cremes ou loções para os olhos e problemas de pele, ou inaladores para problemas respiratórios, como asma);
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medicamentos utilizados para evitar a malária;
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quinolonas (antibióticos como a ciprofloxacina para tratar infeções);
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tramadol (um analgésico pertencente à classe dos opiáceos);
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teofilina (utilizado no tratamento da asma);
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anti-histamínicos (medicamentos para tratar a febre dos fenos, comichão e outras reações alérgicas) que causam sonolência (como por exemplo, a clorfenamina);
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medicamentos para baixar os níveis de açúcar no sangue (como a insulina, sulfonilureias, como a gliburida ou glibenclamida, e meglitinidas, como a nateglinida ou a repaglinida);
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medicamentos para o ajudar a dormir (sedativos como o diazepam).
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Medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, desipramina, imipramina, venlafaxina, paroxetina, fluoxetina, citalopram, escitalopram) ou outros problemas de saúde mental (como risperidona, haloperidol, tioridazina). Mysimba pode interagir com alguns medicamentos utilizados para tratar a depressão e pode levar à chamada síndrome serotoninérgica. Os sintomas da mesma são mudanças do estado mental (p.ex., agitação, alucinações, coma) e outros efeitos, tais como uma temperatura corporal acima dos 38ºC, um aumento do ritmo cardíaco, pressão sanguínea instável, reflexos exagerados, rigidez muscular, falta de coordenação e/ou sintomas gastrointestinais (p.ex., náuseas, vómitos, diarreia) (ver secção 4).
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Outros medicamentos utilizados para tratar a pressão arterial elevada (beta-bloqueadores como o metoprolol, e a clonidina, um anti-hipertensor de ação central);
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Alguns medicamentos utilizados para tratar a frequência cardíaca irregular (como a propafenona, a flecainida);
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Alguns medicamentos utilizados para tratar o cancro (como a ciclofosfamida, ifosfamida, tamoxifeno);
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Alguns medicamentos para a doença de Parkinson (como a levodopa, amantadina ou orfenadrina);
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Ticlopidina ou clopidogrel, utilizados principalmente no tratamento de doenças cardíacas ou AVC;
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Medicamentos utilizados no tratamento de infeção por VIH e SIDA, como o efavirenz e ritonavir;
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Medicamentos utilizados para tratar a epilepsia, como o valproato, carbamazepina, fenitoína ou fenobarbital.
O seu médico monitorizá-lo(a)-á atentamente para detetar eventuais efeitos secundários e/ou talvez precise de ajustar a dose de outros medicamentos ou de Mysimba.
Mysimba pode tornar outros medicamentos menos eficazes quando tomados em simultâneo:
Se tomar digoxina para o seu coração
Se isto se aplica a si, informe o seu médico. O seu médico pode considerar ajustar a dose de digoxina.
Mysimba com álcool
O consumo excessivo de álcool durante o tratamento com Mysimba pode aumentar o risco de ataques (convulsões), episódios de distúrbios mentais ou até pode reduzir a tolerância ao álcool. O seu médico pode sugerir-lhe que não beba álcool durante o tratamento com Mysimba ou que tente beber o mínimo possível. Se neste momento bebe muito, não faça uma paragem repentina porque isso pode pô-lo em risco de ter um ataque.
Gravidez e amamentação
Mysimba não deve ser utilizado durante a gravidez ou em mulheres que estejam atualmente a planear engravidar, nem no período de amamentação.
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Peça aconselhamento ao seu médico antes de conduzir e utilizar máquinas, pois Mysimba pode causar- lhe tonturas e sonolência, o que pode prejudicar a sua capacidade de concentração e reação.
Não conduza, nem utilize quaisquer ferramentas ou máquinas, nem realize atividades perigosas, até que saiba de que forma este medicamento o/a afeta.
Se sentir desmaio, fraqueza muscular ou convulsões durante o tratamento, não conduza nem utilize máquinas.
Em caso de dúvida, fale com o seu médico, que poderá considerar a interrupção do tratamento, dependendo da sua situação.
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Mysimba contém lactose (um tipo de açúcar)
Se foi informado pelo seu médico que tem uma intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.