O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?
Não utilize Fenitoína Generis se:
- se tem alergia à fenitoína, outro medicamento com uma estrutura química idêntica à fenitoína (ex. hidantoínas) ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6)
-se sofrer danos graves a nível das células do sangue e na medula óssea
-se tem bloqueio AV de segundo ou terceiro grau (perturbação da regulação do batimento cardíaco)
-se tem algum tipo de lesão cardíaca que provoque desmaios ou por vezes ataques designados por síndrome de Stokes-Adams
-se sofre de bradicardia sinusal (ritmo cardíaco lento, inferior a 50 batidas por minuto), doença de síndrome sinusal ou bloqueio sino-atrial (perturbações da regulação do batimento cardíaco)
-se teve algum ataque cardíaco nos últimos três meses
-se a potência do seu coração é fraca (pergunte ao seu médico)
-por via subcutânea ou por via venosa perivascular ou por via intra-arterial devido ao elevado pH da solução
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Fenitoína Generis:
- se é de origem taiwanesa, japonesa, malaia ou tailandesa e as análises demonstraram que é portador da variante genética CYP2C9*3.
Fenitoína Generis não deve ser administrado em caso de:
- insuficiência cardíaca (incapacidade do coração bater adequadamente)
- função respiratória debilitada
- hipotensão grave (pressão sanguínea sistólica inferior a 90 mm Hg)
Ocorrência dos seguintes distúrbios do ritmo cardíaco:
- bloqueio AV de primeiro grau
- fibrilhação atrial
- palpitação atrial
Fenitoína Generis deve ser administrado com especial cuidado se sofrer de:
- insuficiência da função dos rins
- insuficiência da função do fígado
O seu médico tirará amostras do seu sangue e urina para analisar e controlar o funcionamento do seu fígado e dos rins.
Se é diabético está mais suceptível de ter hiperglicémia (excesso de açúcar no sangue).
Informação importante relativa ao tratamento Se sofrer de hidroxilação reduzida
A hidroxilação reduzida é uma doença hereditária, que afecta a forma como o seu corpo utiliza e reage a um medicamento.
Deve ter cuidado, se sofre de hidroxilação reduzida. Pode desenvolver sinais de sobredosagem mesmo quando tratado com doses moderadas (ver “Se utilizar mais Fenitoína Generis do que deveria”). Neste caso a sua dose deve ser reduzida. O seu médico tirará amostras de sangue para analisar e controlar se os níveis de fenitoína não estão muito elevados.
Se trocar para outra forma farmacêutica que contenha fenitoína
Outros medicamentos que contenham fenitoína podem não lhe proporcionar os mesmos níveis de fenitoína que Fenitoína Generis. Se mudar o seu medicamento com fenitoína, o seu médico irá monitorizá-lo até que os seus níveis de fenitoína atingirem o equilíbrio. Esta situação pode levar até duas semanas.
Se parar de utilizar Fenitoína Generis
- pode sofrer de convulsões com maior frequência
- pode desenvolver estado epiléptico (um estado de convulsões persistentes)
Para evitar estes problemas o seu médico pode:
- reduzir lentamente a dose de Fenitoína Generis que lhe é administrada
- iniciar a nova medicação antiepiléptica com uma dose baixa aumentando-a gradualmente
Se trocar o seu tratamento por uma forma oral de fenitoína (ex. comprimidos ou xarope) O seu médico irá controlar a evolução e tirar amostras de sangue regularmente.
Nas crianças, o médico irá controlar a função da sua tiróide.
O seu médico decidirá se algum dos resultados analíticos significa que tem de mudar ou interromper o tratamento.
Se tem baixos níveis de proteínas plasmáticas (hipoproteinémia) está mais susceptível de desenvolver efeitos indesejáveis a nível do sistema nervoso.
Existe um risco de efeitos nefastos para o feto se Fenitoína Generis for utilizado durante a gravidez. As mulheres em idade fértil devem utilizar métodos de contraceção eficazes durante o tratamento com Fenitoína Generis (ver “Gravidez e amamentação”).
Outros medicamentos e Fenitoína Generis
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Um determinado número de medicamentos pode aumentar ou diminuir os níveis de fenitoína no sangue. A fenitoína pode também pode alterar os níveis de outros medicamentos no sangue. Estes efeitos são chamados de interacções. Se o seu médico pensar que pode estar a sofrer alguma interacção, irá controlar os níveis de fenitoína.
As substâncias seguintes podem aumentar os seus níveis de fenitoína:
- álcool (consumo rápido)
- anticoagulantes orais (medicamentos para a fluidificar o sangue, ex. dicumarol)
- benzodiazepinas (tranquilizantes ex. clorodiazepóxido, diazepam, trazodona)
- anestésicos (ex. halotano)
- outros antiepilépticos (ex. sultiamo, valproato, etosuximida, mesuximida, felbamato)
- anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) (ex. salicilato, azapropazona, fenilbutazona)
- antibióticos (ex. cloranfenicol, eritromicina, isoniazida, sulfomanida)
- antimicóticos (antifúngicos ex. anfotericina B, fluconazol, cetoconazol, miconazol, itraconazol)
- inibidores dos canais de cálcio (medicamentos para o coração ex. amiodarona, diltiazem, nifedipina)
- hormonas (ex. estrógeno)
- dissulfiram (usado no tratamento da dependência do álcool)
- metilfenidato (usado no tratamento do défice de atenção na disfunção hiperactiva (ADHD))
- cimetidina, omeprazol, ranitidina (usados no tratamento das úlceras no estômago)
- ticlopidina (usado para prevenir tromboses)
- viloxazina, fluoxetina (medicamentos antidepressivos)
- ácido para-amino salicílico (PAS), cicloserina (usados no tratamento da tuberculose)
- antidepressivos tricíclicos (ex. amitriptilina, clomipramina)
- tolbutamida (usado para tratar a diabetes)
Substâncias que podem diminuir os níveis de fenitoína:
- antibióticos (ex. ciprofloxacina, rifampicina)
- outros antiepilépticos (ex. carbamazepina, vigabatrina, fenobarbital, primidona)
- reserpina (usada no tratamento da pressão sanguínea elevada)
- sucralfato (usado no tratamento das úlceras duodenais)
- diazoxido (usado no tratamento da pressão sanguínea elevada)
- teofilina (usada no tratamento de dificuldades respiratórias)
- abuso crónico do álcool (alcoolismo persistente de longo prazo)
- nelfinavir (usado no tratamento de infecções virais provocadas pelo VIH (SIDA)
Substâncias que podem aumentar ou diminuir os níveis de fenitoína:
- antiepilépticos (ex. carbamazepina, valproato de sódio, ácido valpróico, fenobarbital)
- clorodiazepóxido (um sedativo)
- diazepam (um tranquilizante)
Ácido valpróico (um antiepiléptico): se está a utilizar ácido valpróico juntamente com fenitoína ou se a dose de ácido valpróico tiver sido aumentada pode sentir mais efeitos indesejáveis. Nomeadamente, tem mais propensão para sofrer danos cerebrais (ver secção 4 “Efeitos indesejáveis possíveis”).
A fenitoína pode alterar a concentração no sangue e o efeito dos seguintes medicamentos:
- clozapina (usada no tratamento de esquizofrenia)
- corticosteróides (ex. dexametasona, prednisona, fludrocortisona)
- anticoagulantes orais (medicamentos para fluidificar o sangue, ex. dicumarol, rivaroxabano, dabigatrano, apixabano, edoxabano)
- doxiciclínas, tetraciclinas (antibióticos)
- praziquantel (usado para tratar infestações com lombrigas)
- rifampicina (usado no tratamento da tuberculose)
- itraconazol (antifúngico)
- antiepilépticos (ex. lamotrigina, carbamazepina, valproato, felbamato)
- estrogéneos (usados na terapia hormonal de substituição (THS))
- alcurónio, pancurónio, vecurónio (relaxantes musculares)
- ciclosporinas (usadas para prevenir a rejeição de transplante de órgãos)
- diazoxida (usada no tratamento da pressão sanguínea elevada)
- furosemida (um diurético usado na insuficiência cardíaca)
- paroxetina, sertralina (antidepressivos)
- teofilina (usada no tratamento das dificuldades respiratórias)
- digoxina (medicamento para o coração)
- nicardipina, verapamilo (usada no tratamento de pressão sanguínea elevada)
- nimodipina (usada para prevenir espasmos dos vasos sanguíneos, a nível cerebral)
- quinidina (medicamento para o coração)
- antidepressivos tricíclicos (ex. amitriptilina, clomipramina)
- metadona (usada no tratamento da dependência de drogas)
- cloropropamida, glibenclamida (usadas no tratamento da diabetes)
- tolbutamida (usada no tratamento da diabetes)
- vitamina D
- tenipósido (medicamento contra o cancro)
- contraceptivos orais: se está a tomar contraceptivos orais, o seu efeito pode não ser eficaz.
- medicamentos para a fluidez do sangue (anticoagulantes): se está a tomar estes medicamentos deve controlar regularmente o seu tempo de coagulação sanguínea (valor de INR).
- metotrexato (medicamento contra o cancro), pode sentir:
- um grande número de efeitos indesejáveis do tratamento com metotrexato ou,
- agravamento dos efeitos indesejáveis do tratamento com metotrexato
- ácido fólico: a fenitoína que está a utilizar pode não ser tão eficaz se tomar ácido fólico ao mesmo tempo.
- lacosamida
- ticagrelor
Gravidez e amamentação
Gravidez
Deve ter em conta que os contraceptivos orais podem não ser eficazes quando está a tomar Fenitoína Generis.
Se está a planear engravidar ou se está grávida, só deve utilizar Fenitoína Generis a conselho do seu médico, após uma cuidadosa avaliação do risco-benefício.
Fenitoína Generis pode causar graves defeitos de nascença. Se tomar Fenitoína Generis durante a gravidez, o seu bebé tem até 3 vezes mais probabilidades de ter um defeito de nascença do que no caso das mulheres que não tomam medicação antiepilética. Foram comunicados defeitos de nascença graves, incluindo anomalias do crânio, face, unhas, dedos e coração. Alguns destes defeitos podem ocorrer em conjunto, como parte de uma síndrome da hidantoína fetal.
Foram comunicados problemas do neurodesenvolvimento (desenvolvimento do cérebro) em bebés nascidos de mães que utilizaram fenitoína durante a gravidez. Alguns estudos demonstraram que a fenitoína afeta negativamente o neurodesenvolvimento de crianças expostas à fenitoína no ventre materno, ao passo que outros estudos não detetaram tal efeito. A possibilidade de um efeito no neurodesenvolvimento não pode ser excluída.
Portanto, deve falar de imediato com o seu médico se estiver a planear engravidar ou se já está grávida. O seu médico verificará se o seu tratamento com Fenitoína Generis é necessário.
Se for urgente receber tratamento com Fenitoína Generis durante a gravidez:
- Não deve tomar outro antiepiléptico, se possível. Tomar mais medicamentos contra a epilepsia aumentará o risco de malformações do seu bebé.
- Durante os 3 primeiros meses de gravidez, em particular, deve ser-lhe administrada a dose eficaz mais pequena. O seu médico irá decidir qual é essa dose.
- O seu estado e o do seu bebé serão controlados:
- Os seus níveis séricos de fenitoína ir-se-ão alterar durante e após a gravidez. O seu médico pode controlar os níveis séricos de fenitoína para ter a certeza que você está tomar a dose correcta.
- Devem ser realizadas ecografias. Estes exames mostram uma imagem detalhada do bebé. Deve ser-lhe dada informação sobre quaisquer problemas com o estado do seu bebé.
Não interrompa o seu tratamento com Fenitoína Generis repentinamente, durante a gravidez. A paragem repentina do tratamento pode provocar convulsões. Pode ser prejudicial para si e para o seu bebé.
Cuidados com o seu recém-nascido
O seu recém-nascido pode desenvolver distúrbios hemorrágicos (perdas de sangue) nas primeiras 24 horas após o nascimento. Para prevenir isto:
- o seu médico deve administrar-lhe uma dose de vitamina K1 durante a última semana de gravidez
- o seu médico deve administrar ao seu bebé uma dose de vitamina K1
Prevenção da insuficiência em ácido fólico
Para prevenir uma possível insuficiência em ácido fólico, deve tomar ácido fólico durante a gravidez. Este medicamento pode ser tomado em comprimidos ou sob a forma de suplemento alimentar. O seu médico informá-la-á da quantidade que deve tomar. Quando toma ácido fólico, a fenitoína pode não fazer efeito (ver também “Utilizar Fenitoína Generis com outros medicamentos”).
Amamentação
Pequenas quantidades de substância activa (fenitoína sódica) são eliminadas através do leite materno. É recomendável que não amamente enquanto estiver a tomar Fenitoína Generis. No entanto, se desejar amamentar, o seu bebé deve ser controlado para assegurar que:
- está a ganhar peso adequadamente
- não tem uma necessidade de dormir acrescida
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem utilize quaisquer máquinas se a capacidade de o fazer estiver reduzida.
Antes de conduzir ou utilizar máquinas procure o conselho do seu médico. A sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas pode estar diminuída:
- no início do tratamento com Fenitoína Generis
- com doses elevadas
- quando este medicamento é combinado com medicamentos que afectam o sistema nervoso central (especialmente o álcool)
Informações importantes sobre alguns componentes de Fenitoína Generis
Fenitoína Generis contém sódio
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por ampola, ou seja, é praticamente "isento de sódio".
Fenitoína Generis contém polipropilenoglicol
Este medicamento contém 2 mg de propilenoglicol em cada ampola.
Fenitoína Generis contém etanol
Este medicamento contém 0,5 ml de álcool (etanol) em cada 5ml de uma ampola, que é equivalente 10 % (v/v). A quantidade em etanol na dose máxima de 1190 mg deste medicamento é equivalente a menos de 48 ml de cerveja ou 19 ml de vinho.
É pouco provável que a quantidade de álcool neste medicamento tenha efeitos em adultos e adolescentes, e é pouco provável que os seus efeitos em crianças sejam percetíveis. Pode ter alguns efeitos em crianças mais pequenas, como por exemplo sonolência.
O álcool presente neste medicamento pode alterar os efeitos de outros medicamentos. Fale com o seu médico ou farmacêutico se está a tomar outros medicamentos.
Se está grávida ou a amamentar, fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Se é dependente de álcool, fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
3. Como utilizar Fenitoína Generis
Informação mais detalhada sobre a dosagem, manuseamento e preparação de Fenitoína Generis fornecida no final deste folheto informativo sob o subtítulo de ‘A informação seguinte destina-se apenas aos médicos ou profissionais de saúde’.
Fenitoína Generis ir-lhe-á ser administrada pelo seu médico, mediante a injecção lenta, numa veia. O seu médico decidirá qual a dose necessária e quando deve ser administrada. Vai depender da sua idade e peso e da situação clínica para a qual precisa de tomar Fenitoína Generis.
Durante o tratamento com Fenitoína Generis, o seu médico irá:
- monitorizar continuadamente o seu coração, a pressão sanguínea e o sistema nervoso
- medir regularmente os níveis de fenitoína
Duração do tratamento
Fenitoína Generis pode ser usada durante longos períodos de tempo. A duração do tratamento depende:
- da doença para que está a ser tratado
- da sua resposta ao tratamento
- do modo como tolera os eventuais efeitos indesejáveis (ver secção 4 “Efeitos indesejáveis possíveis”)
Durante tratamentos a longo prazo com Fenitoína Generis, os níveis plasmáticos do medicamento serão controlados por forma a que lhe seja administrada a dose eficaz mais baixa, o que ajudará a minimizar os efeitos indesejáveis.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se sentir que o efeito de Fenitoína Generis é muito forte ou muito fraco.
Se utilizar mais Fenitoína Generis do que deveria
Se lhe for administrada mais Fenitoína Generis do que deveria, pode sentir os seguintes sintomas:
Sintomas precoces
- movimento involuntário rápido dos olhos (nistagmus)
- ataxia cerebelar (perturbação da coordenação dos movimentos)
- gaguez (disartria)
Outros sintomas
- tremores
- hiperreflexia (reflexos aumentados)
- sonolência
- exaustão
- letargia (apatia)
- discurso confuso
- diplopia (visão dupla)
- tonturas
- náuseas (enjoos)
- vómitos
- coma (perda de consciência)
- o reflexo pupilar (quando as pupilas dos seus olhos se tornam mais pequenas em resposta á luz) pode desaparecer
- queda da pressão sanguínea
- efeitos na respiração, que podem ser fatais
- paragem cardíaca, que pode ser fatal
- danos cerebrais irreversíveis
Se sentiu algum destes sintomas, deve avisar o seu médico imediatamente. O seu médico tomará as medidas necessárias para eliminar o excesso de fenitoína do seu organismo. O seu coração e a respiração serão controlados e os seus sintomas tratados.
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