Não tome Captopril Labesfal
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao captopril, a qualquer outro componente de Captopril Lafesfal ou a qualquer outro inibidor da enzima de conversão da angiotensina (ECA).
Se tem história de angiodema associado a terapêutica prévia com inibidor ECA. Se tem edema angioneurótico hereditário/idiopático.
Se tiver mais do que três meses de gravidez. Também é preferível não tomar Captopril Labesfal no início da gravidez ? Ver secção Gravidez)
Se estiver a amamentar
Tome especial cuidado com Captopril Labesfal
Hipotensão: raramente é observada hipotensão em doentes hipertensos sem complicações. É mais provável que ocorra hipotensão sintomática em doentes hipertensos com depleção de volume e/ou sódio por terapêutica diurética intensa, restrição dietética de sal, diarreia, vómitos ou em hemodiálise. A depleção do volume e/ou sódio deve ser corrigida antes da administração do inibidor ECA e deve considerar-se uma dose inicial mais baixa.
Os doentes com insuficiência cardíaca têm um risco maior de hipotensão e quando se inicia o tratamento com um inibidor ECA recomenda-se uma dose inicial mais baixa. Em doentes com insuficiência cardíaca recomenda-se precaução sempre que se aumenta a dose de captopril ou de diurético.
Tal como outros antihipertensores, a redução excessiva da pressão arterial em doentes com isquémia cardiovascular ou doença cerebrovascular pode aumentar o risco de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Se se desenvolver hipotensão, o doente deve ser colocado em posição de supino.
Pode ser necessária a reposição do volume com soro fisiológico intravenoso. Hipertensão renovascular:há um risco aumentado de hipotensão e de insuficiência renal quando doentes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria do único rim funcionante são tratados com inibidores ECA. Pode ocorrer perda da função renal com apenas ligeiras alterações na creatinina sérica. Nestes doentes o tratamento deve iniciar-se sob rigorosa vigilância clínica com doses baixas, ajustes posológicos cuidadosos e monitorização da função renal.
Insuficiência renal: em casos de insuficiência renal (depuração da creatinina < 40 ml/min), a dose inicial de captopril tem de ser ajustada em função da depuração da creatinina, em função da resposta do doente ao tratamento. Nestes doentes a monitorização, por rotina, do potássio e da creatinina constituem um procedimento normal.
Angiodema: o angiodema das extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe pode ocorrer em doentes tratados com inibidores da ECA, particularmente durante as primeiras semanas de tratamento. Contudo, em casos raros, pode desenvolver-se angiodema grave após o tratamento de longa duração com um inibidor ECA. O tratamento deve ser imediatamente interrompido. O angiodema
envolvendo a língua, glote ou laringe pode ser fatal. A terapêutica de emergência deve ser instituída. O doente deve ser hospitalizado e observado durante pelo menos 12 a 24 horas e não deve ter alta até à resolução completa dos sintomas.
Tosse: a tosse foi relatada com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, é uma tosse não produtiva, persistente e resolve após a interrupção do tratamento. Falência hepática: raramente, os inibidores da ECA foram associados com uma síndroma que se inicia com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. Não está compreendido o mecanismo desta síndroma. Os doentes medicados com inibidores ECA que desenvolvam incterícia ou aumentos acentuados nas enzimas hepáticas devem interromper a medicação com inibidores ECA e devem submeter-se a controlo médico adequado.
Hipercaliemia: em alguns doentes tratados com inibidores ECA, incluindo o captopril, foram observados aumentos de potássio sérico. Os doentes em risco de desenvolver uma hipercaliemia incluem os que têm insuficiência renal, diabetes mellitus e os que concomitantemente usam diuréticos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou os doentes que tomam outros fármacos associados com o aumento do potássio sérico (i.e. heparina). Recomenda-se a monitorização regular do potássio sérico se for necessário o uso concomitante destes agentes.
Lítio: não é recomendada a associação de lítio e de captopril.
Estenose aórtica e da válvula mitral/cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: os inibidores da ECA devem ser usados com precaução em doentes com obstrução da vávula do ventrículo esquerdo e do fluxo e evitados nos casos de choque cardiogénico e de obstrução hemodinamicamente significativa.
Neutropenia/agranulocitose: neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em doentes medicados com inibidores da ECA, incluindo o captopril. Em doentes com função renal normal e sem outras complicações, a neutropenia raramente ocorre. O captopril deve se usado com extrema precaução em doentes com doença vascular do colagénio, terapêutica imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação destes factores, especialmente se se verificar anteriormente o compromisso da função renal. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves, as quais em alguns casos não responderam a terapêutica antibiótica intensa. Se o captopril for usado em tais doentes, recomenda-se fazer contagem dos glóbulos brancos e contagem diferencial antes de iniciar o tratamento, depois de 2 em 2 semanas nos primeiros 3 meses de tratamento com o captopril e depois periodicamente. Os doentes devem ser informados para relatar qualquer sinal de infecção (i.e. dor de garganta, febre) durante o tratamento, momento em que se deve realizar uma contagem diferencial dos glóbulos brancos. O captopril e outra medicação concomitante deve ser interrompido se for detectada ou se houver suspeita de neutropenia (neutrófilos menos que 1.000/mm3)
Na maior parte dos doentes os neutrófilos regressam aos valores normais rapidamente após a interrupção do captopril.
Proteinúria: pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com compromisso da função renal ou com doses relativamente altas de inibidores da ECA.
Valores da proteína urinária total superiores a 1 g por dia foram observados em cerca de 0,7% de doentes medicados com captopril. A maioria dos doentes tinha evidência de
doença renal prévia ou tinha recebido doses relativamente altas de captopril (superiores a 150 mg/dia), ou ambas as situações.
Em cerca de um quinto dos doentes com proteinúria ocorreu sídroma nefrótico. Na maioria dos casos, a proteinúria diminuiu ou desapareceu em seis meses quer se tenha continuado ou não a terapêutica com captopril. Os parâmetros da função renal, tais como BUN e creatinina estavam alterados raramente em doentes com proteinúria. Os doentes com doença renal anterior devem fazer avaliação da proteína urinária (dip-stick na primeira urina da manhã) antes do tratamento e depois periodicamente. Reacções anafilácticas durante desensibilização: reacções anafilácticas potencialmente fatais foram relatadas raramente em doentes em tratamento para desensibilização do veneno de hymenoptera enquanto recebiam outro inibidor da ECA. Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando temporariamente se suspendeu o inibidor da ECA, mas reapareceram quando inadvertidamente se reiniciou o tratamento. Como tal recomenda-se precaução em doentes tratados com inibidores da ECA e sujeitos a técnicas de desensibilização.
Reacções anafilácticas durante diálise de alto fluxo/exposição a membranas de aferese de lipoproteínas: foram relatadas reacções anafilácticas em doentes hemodializados com membranas de diálise de alto fluxo ou sujeitos a aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção pelo sulfato de dextrano. Nestes doentes deve considerar-se o uso de um tipo diferente de membranas de diálise ou outra classe de medicação. Cirurgia/anestesia: pode ocorrer hipotensão em doentes sujeitos a grande cirurgia ou durante o tratamento com anestésicos que se sabe que baixam a pressão arterial. Se ocorrer hipotensão, esta pode ser corrigida pela expansão de volume.
Diabéticos: os níveis de glicemia no doente diabético deverão ser cuidadosamente monitorizados no doente diabético previamente medicado com antidiabéticos orais ou insulina, principalmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA. Diferenças étnicas: tal como outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o captopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão sanguínea nos doentes de raça negra do que nos doentes que não sejam de raça negra, possivelmente devido a uma incidência superior de estados da renina baixa na população hipertensa de raça negra.
Gravidez: deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Captopril Labesfal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.
Ao tomar Captopril Labesfal com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio: os inibidores da ECA atenuam a perda de potássio induzida por diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio (e.g. espironolactona, triamterene, ou amiloride), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem conduzir a aumentos significativos do potássio sérico. Se a utilização concomitante estiver indicada devido a hipocaliemia
demonstrada, devem ser utilizados com precaução e com monitorização frequente do potássio sérico.
Diuréticos (tiazídicos ou da ansa): o tratamento prévio com doses elevadas de diuréticos pode resultar na depleção de volume e em risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com captopril. Os efeitos hipotensores podem ser reduzidos pela interrupção do diurético, pelo aumento do volume ou ingestão de sal ou pelo início da terapêutica com uma dose baixa de captopril. No entanto, em estudos específicos com hidroclorotiazida ou furosemida não foram observadas interacções farmacológicas clinicamente significativas.
Outros fármacos antihipertensores: o captopril tem sido co-administrado com segurança com outros fármacos antihipertensores utilizados frequentemente (e.g beta-bloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração). O uso concomitante destes fármacos pode aumentar os efeitos hipotensores do captopril.
O tratamento com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores, deve ser usado com precaução.
Tratamento do enfarte do miocárdio agudo: o captopril pode ser usado concomitantemente com ácido acetilsalicílico (em doses para cardiologia), trombolíticos, beta-bloqueadores e/ou nitratos em doentes com enfarte do miocárdio.
Lítio: aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade foram referidos durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o risco de toxicidade pelo lítio e potenciar o risco já existente de toxicidade pelo lítio com inibidores ECA. A utilização do captopril com lítio não é recomendada, mas se a associação for considerada necessária, deve ser realizada a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos: os inibidores ECA podem aumentar os efeitos hipotensivos de certos antidepressivos tricíclicos e de antipsicóticos. Pode ocorrer hipotensão postural.
Alopurinol, procainamida, citostáticos ou fármacos imunossupressores: a administração concomitante com inibidores da ECA pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia, especialmente quando os inibidores da ECA são utilizados em doses superiores às recomendadas.
Anti-inflamatórios não-esteróides: foi descrito que os anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e os inibidores ECA exercem um efeito aditivo no aumento do potássio sérico, enquanto a função renal pode diminuir. Estes efeitos são, em princípio reversíveis. Pode ocorrer, raramente, falência renal aguda, particularmente em doentes com compromisso da função renal, tais como idosos ou doentes desidratados. A administração crónica de AINEs pode reduzir o efeito antihipertensivo de um inibidor ECA.
Simpaticomiméticos: podem reduzir os efeitos antihipertensivos dos inibidores da ECA; os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.
Antidiabéticos: estudos farmacológicos mostraram que os inibidores da ECA, incluindo o captopril, podem potenciar os efeitos da insulina e dos antidiabéticos orais, tal como a sulfonilureia em diabéticos, na redução da glucose sanguínea. Se esta interacção muito rara ocorrer, pode ser necessário reduzir a dose do antidiabético durante o tratamento simultâneo com inibidores da ECA.
Química clínica
O captopril pode causar em teste de acetona na urina falso-positivo.
Ao tomar Captopril Labesfal com alimentos e bebidas
Captopril Labesfal pode ser tomado antes, durante ou após as refeições.
Gravidez e aleitamento:
Gravidez: Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu médico normalmente aconselha-la-á a interromper Captopril Labesfal antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Captopril Labesfal. Captopril Labesfal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.
Aleitamento: Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar o aleitamento. Não é recomendado o aleitamento de recém-nascidos (primeiras semanas após o nascimento) e, especialmente bebés prematuros, enquanto a mãe toma Captopril Labesfal.
No caso de uma criança mais velha, o seu médico deverá aconselhá-la sobre os benefícios e riscos de tomar Captopril Labesfal enquanto amamenta, comparativamente com outros medicamentos.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Tal como para outros anti-hipertensores, a capacidade de conduzir e usar máquinas pode estar reduzida, principalmente no início do tratamento ou quando se modifica a posologia, e também quando utilizado em combinação com bebidas alcoólicas, mas estes efeitos dependem da susceptibilidade individual.
Informações importantes sobre alguns componentes de Captopril Labesfal
Captopril Labesfal contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.