Captopril Convertal 25 mg Comprimidos

Ilustração do Captopril Convertal 25 mg Comprimidos
Substância(s) Captopril
Admissão Portugal
Produtor TECNIMEDE - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Narcótica Não
Código ATC C09AA01
Grupo farmacológico Inibidores do ás, simples

Titular da autorização

TECNIMEDE - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.

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Folheto

O que é e como se utiliza?

O captopril pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4.2.1. Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA). Código ATC: C09A A01.

Captopril Convertal está indicado para:

Hipertensão:
Captopril Convertal está indicado no tratamento da hipertensão.

Insuficiência cardíaca:
Captopril Convertal está indicado no tratamento da insuficiência cardíaca crónica com redução da função ventricular sistólica, em combinação com diuréticos e, quando adequado, digitálicos e betabloqueadores.

Enfarte do miocárdio:
Tratamento a curto prazo (4 semanas):
Captopril Convertal está indicado nas primeiras 24 horas de enfarte do miocárdio em qualquer doente clinicamente estável.

Prevenção a longo prazo da insuficiência cardíaca sintomática:

Captopril Convertal está indicado em doentes clinicamente estáveis com disfunção ventricular esquerda assintomática (fracção de ejecção < 40%).

Nefropatia diabética do tipo I:
Captopril Convertal está indicado no tratamento da nefropatia diabética macroproteinúrica em doentes com diabetes do tipo I.

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

Não tome Captopril Convertal

-se tiver história de alergia (hipersensibilidade) ao captopril, a qualquer um dos excipientes ou a qualquer outro inibidor da ECA;
-em caso de angioedema associado a terapêutica prévia com um inibidor da ECA; -em caso de edema angioneurótico hereditário/idiopático;
-se tiver mais do que três meses de gravidez (também é preferível não tomar Captopril Convertal no início da gravidez ? ver secção Gravidez).

Tome especial cuidado com Captopril Convertal

Hipotensão:
Raramente é observada hipotensão em doentes hipertensos sem complicações. É mais provável que ocorra hipotensão sintomática em doentes hipertensos com depleção de volume e/ou sódio por terapêutica diurética intensa, restrição dietética do sal, diarreia, vómitos ou em hemodiálise.

A depleção do volume e/ou sódio deve ser corrigida antes da administração do inibidor da ECA e deve considerar-se uma dose inicial mais baixa.

Os doentes com insuficiência cardíaca têm um risco maior de hipotensão e quando se inicia o tratamento com um inibidor da ECA, recomenda-se uma dose inicial mais baixa. Em doentes com insuficiência cardíaca recomenda-se precaução sempre que se aumenta a dose de captopril ou do diurético.

Tal como outros anti-hipertensores, a redução excessiva da pressão arterial em doentes com isquémia cardiovascular ou doença cerebrovascular, pode aumentar o risco de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Se se desenvolver hipotensão, o doente deve ser colocado em posição de supino.

Pode ser necessária a reposição do volume com soro fisiológico intravenoso.

Hipertensão renovascular:
Há um risco aumentado de hipotensão e de insuficiência renal quando doentes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria do único rim funcionante são

tratados com inibidores da ECA. Pode ocorrer perda da função renal com apenas ligeiras alterações na creatinina sérica. Nestes doentes, o tratamento deve iniciar-se sob rigorosa vigilância clínica com doses baixas, ajustes posológicos cuidadosos e monitorização da função renal.

Insuficiência renal:
Em casos de insuficiência renal (depuração da creatinina < 40 ml/min), a dose inicial de captopril tem de ser ajustada em função da depuração da creatinina (ver ?Como tomar Captopril Convertal?), e em função da resposta do doente ao tratamento. Nestes doentes a monitorização, por rotina, do potássio e da creatinina constituem um procedimento normal.

Angioedema:
O angioedema das extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe pode ocorrer em doentes tratados com inibidores da ECA, particularmente durante as primeiras semanas do tratamento. Contudo, em casos raros, pode desenvolver-se angioedema grave após o tratamento de longa duração com um inibidor da ECA. O tratamento deve ser imediatamente interrompido. O angioedema envolvendo a língua, glote ou laringe pode ser fatal. A terapêutica de emergência deve ser instituída. O doente deve ser hospitalizado e observado durante pelo menos 12 a 24 horas e não deve ter alta até à resolução completa dos sintomas.

Tosse:
A tosse foi relatada com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, é uma tosse não-produtiva persistente e resolve após a interrupção do tratamento.

Falência hepática:
Raramente, os inibidores da ECA foram associados com uma síndroma que se inicia com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. Não está compreendido o mecanismo desta síndroma. Os doentes medicados com inibidores da ECA que desenvolvem icterícia ou aumentos acentuados nas enzimas hepáticas devem interromper a medicação com inibidores da ECA e devem submeter-se a controlo médico adequado.

Hipercaliemia:
Em alguns doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo o captopril, foram observados aumentos do potássio sérico. Os doentes em risco de desenvolver uma hipercaliemia incluem os que têm insuficiência renal, diabetes mellitus e os que concomitantemente usam diuréticos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou os doentes que tomam outros fármacos associados com o aumento do potássio sérico (i.e. heparina). Recomenda-se a monitorização regular do potássio sérico se for necessário o uso concomitante destes agentes.

Lítio:

Não é recomendada a associação de lítio e de captopril (ver ?Ao tomar Captopril Convertal com outros medicamentos?).

Estenose aórtica e da válvula mitral/cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: Os inibidores da ECA devem ser usados com precaução em doentes com obstrução da válvula do ventrículo esquerdo e do fluxo e evitados nos casos de choque cardiogénico e de obstrução hemodinamicamente significativa.

Neutropenia/agranulocitose:
Neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em doentes medicados com inibidores da ECA, incluindo o captopril. Em doentes com função renal normal e sem outras complicações, a neutropenia raramente ocorre. O captopril deve ser usado com extrema precaução em doentes com doença vascular do colagénio, terapêutica imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação destes factores, especialmente se se verificar anteriormente o compromisso da função renal. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves, as quais em alguns casos não responderam a terapêutica antibiótica intensa.

Se o captopril for usado nestes doentes, recomenda-se fazer contagem dos glóbulos brancos e contagem diferencial antes de iniciar o tratamento, depois de 2 em 2 semanas nos primeiros 3 meses de tratamento com o captopril e depois periodicamente. Os doentes devem ser informados para notificarem qualquer sinal de infecção (i.e. dor de garganta, febre) durante o tratamento, momento em que se deve realizar uma contagem diferencial dos glóbulos brancos.

O captopril e outra medicação concomitante (ver ?Ao tomar Captopril Convertal com outros medicamentos?) deve ser interrompido se for detectada ou se houver suspeita de neutropenia (neutrófilos menos que 1.000/mm3).

Na maior parte dos doentes os neutrófilos regressam aos valores normais rapidamente após a interrupção do captopril.

Proteinúria:
Pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com compromisso da função renal ou com doses relativamente altas de inibidores da ECA.

Foram observados valores da proteína urinária total superiores a 1 g por dia em cerca de 0,7% de doentes medicados com captopril. A maioria dos doentes tinha evidência de doença renal prévia ou tinha recebido doses relativamente altas de captopril (superiores a 150 mg/dia), ou ambas as situações.

Em cerca de um quinto dos doentes com proteinúria ocorreu síndroma nefrótico. Na maioria dos casos, a proteinúria diminuiu ou desapareceu em seis meses, quer se tenha continuado ou não a terapêutica com o captopril. Os parâmetros da função renal, tais como BUN e creatinina estavam alterados raramente em doentes com proteinúria.

Os doentes com doença renal anterior devem fazer a avaliação da proteína urinária (dip-stick na primeira urina da manhã) antes do tratamento e depois periodicamente.

Reacções anafilácticas durante dessensibilização: reacções anafilácticas potencialmente fatais foram relatadas raramente em doentes em tratamento para dessensibilização do veneno de hymenoptera (por exemplo, abelhas e vespas) enquanto recebiam outro inibidor da ECA. Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando se suspendeu temporariamente o inibidor da ECA, mas reapareceram quando inadvertidamente se reiniciou o tratamento. Como tal, recomenda-se precaução em doentes tratados com inibidores da ECA e sujeitos a técnicas de dessensibilização.

Reacções anafilácticas durante diálise de alto fluxo/exposição a membranas de aferese de lipoproteínas:
Foram relatadas reacções anafilácticas em doentes hemodializados com membranas de diálise de alto fluxo ou sujeitos a aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção pelo sulfato de dextrano. Nestes doentes deve considerar-se o uso de um tipo diferente de membranas de diálise ou outra classe de medicação.

Cirurgia/anestesia:
Pode ocorrer hipotensão em doentes sujeitos a grande cirurgia ou durante o tratamento com anestésicos que se sabe que baixam a pressão arterial. Se ocorrer hipotensão, esta pode ser corrigida pela expansão de volume.

Diabéticos:
Os níveis de glicemia no doente diabético deverão ser cuidadosamente monitorizados no doente diabético previamente medicado com antidiabéticos orais ou insulina, principalmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.

Diferenças étnicas:
Tal como outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o captopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão sanguínea nos doentes de raça negra do que nos doentes que não sejam de raça negra, possivelmente devido a uma incidência superior de estados da renina baixa, na população hipertensa de raça negra.

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Captopril Convertal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Ao tomar Captopril Convertal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio:
Os inibidores da ECA atenuam a perda de potássio induzida por diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triamtereno ou amilorida), suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem conduzir a aumentos significativos do potássio sérico. Se a utilização concomitante estiver indicada devido a hipocaliemia demonstrada, devem ser utilizados com precaução e com monitorização frequente do potássio sérico (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?).

Diuréticos (tiazídicos ou da ansa):
O tratamento prévio com doses elevadas de diuréticos pode resultar na depleção de volume e em risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com captopril (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?). Os efeitos hipotensores podem ser reduzidos pela interrupção do diurético, pelo aumento do volume ou ingestão de sal ou pelo início da terapêutica com uma dose baixa de captopril. No entanto, em estudos específicos com hidroclorotiazida ou furosemida, não foram observadas interacções farmacológicas clinicamente significativas.

Outros fármacos anti-hipertensores:
Captopril tem sido co-administrado com segurança com outros fármacos anti-hipertensores utilizados frequentemente (por exemplo, betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração). O uso concomitante destes fármacos pode aumentar os efeitos hipotensores do captopril. O tratamento com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores, deve ser usado com precaução.

Tratamento do enfarte do miocárdio agudo:
O captopril pode ser usado concomitantemente com ácido acetilsalicílico (em doses para cardiologia), trombolíticos, betabloqueadores e/ou nitratos em doentes com enfarte do miocárdio.

Lítio:
Aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade foram referidos durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o risco de toxicidade pelo lítio e potenciar o risco já existente de toxicidade pelo lítio com inibidores da ECA. A utilização do captopril com lítio não é recomendada, mas se a associação for considerada necessária, deve ser realizada a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?).

Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos:
Os inibidores da ECA podem aumentar os efeitos hipotensivos de certos antidepressivos tricíclicos e de antipsicóticos (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?). Pode ocorrer hipotensão postural.

Alopurinol, procainamida, citostáticos ou fármacos imunossupressores:

A administração concomitante com inibidores da ECA pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia, especialmente quando os inibidores da ECA são utilizados em doses superiores às recomendadas.

Anti-inflamatórios não-esteróides:
Foi descrito que os anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e os inibidores da ECA exercem um efeito aditivo no aumento do potássio sérico, enquanto a função renal pode diminuir. Estes efeitos são, em princípio, reversíveis. Pode ocorrer, raramente, falência renal aguda, particularmente em doentes com compromisso da função renal, tais como idosos ou doentes desidratados. A administração crónica de AINEs pode reduzir o efeito anti-hipertensivo de um inibidor da ECA.

Simpaticomiméticos:
Podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA; os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.

Antidiabéticos:
Estudos farmacológicos mostraram que os inibidores da ECA, incluindo o captopril, podem potenciar os efeitos da insulina e dos antidiabéticos orais, tal como a sulfonilureia, em diabéticos, na redução da glucose sanguínea. Se esta interacção muito rara ocorrer, pode ser necessário, reduzir a dose do antidiabético durante o tratamento simultâneo com inibidores da ECA.

Química clínica:
O captopril pode causar um teste da acetona na urina falso-positivo.

Ao tomar Captopril Convertal com alimentos e bebidas

Não são conhecidas interacções com alimentos ou bebidas.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Gravidez

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Captopril Convertal antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Captopril Convertal. Captopril Convertal não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Aleitamento

Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar

  • aleitamento. Não é recomendado o aleitamento de recém-nascidos (primeiras semanas após o nascimento) e especialmente bebés prematuros, enquanto a mãe toma Captopril Convertal. No caso de uma criança mais velha, o seu médico deverá aconselhá-la sobre os benefícios e riscos de tomar Captopril Convertal enquanto amamenta, comparativamente com outros medicamentos.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Este medicamento pode interferir com a capacidade de conduzir e utilizar máquinas, principalmente no início do tratamento ou quando se altera a terapêutica. Não conduza nem utilize máquinas sem avaliar se a sua capacidade foi afectada, porque podem ocorrer tonturas e fadiga, principalmente no início do tratamento.

Informações importantes sobre alguns componentes de Captopril Convertal

Captopril Convertal contém lactose mono-hidratada. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

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Como é utilizado?

Tomar Captopril Convertal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose deve ser individualizada em função do perfil do doente (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?) e a resposta da pressão arterial. A dose diária máxima recomendada é de 150 mg.

Captopril Convertal é administrado por via oral: deglutir os comprimidos com água.

Captopril Convertal pode ser tomado antes, durante ou após as refeições.

Hipertensão:
A dose inicial recomendada é de 25-50 mg diariamente em duas tomas divididas. A dose pode ser gradualmente aumentada, com intervalos de pelo menos 2 semanas, para 100-150 mg/dia em duas tomas divididas conforme necessário para atingir a pressão arterial desejada. O captopril pode ser utilizado isoladamente ou com outros fármacos anti-hipertensores, especialmente diuréticos tiazídicos.

Um regime de uma toma diária pode ser adequado quando for adicionada outra medicação anti-hipertensora concomitante, tal como diuréticos tiazídicos.

Em doentes com um sistema renina-angiotensina-aldosterona fortemente activo (hipovolemia, hipertensão renovascular, descompensação cardíaca) é preferível começar com uma dose única de 6,25 mg ou 12,5 mg. O início deste tratamento deve fazer-se preferencialmente com vigilância clínica cuidadosa. As doses serão então administradas em duas tomas por dia. A dose pode ser aumentada gradualmente para 50 mg por dia em uma ou duas tomas e, se necessário, para 100 mg por dia em uma ou duas tomas.

Insuficiência cardíaca:
O tratamento com captopril para a insuficiência cardíaca deve ser iniciado sob vigilância clínica rigorosa. A dose inicial usual é de 6,25 mg - 12,5 mg, duas vezes ao dia ou três vezes ao dia. O ajuste para a dose de manutenção (75-150 mg por dia) deve ser realizado com base na resposta do doente, estado clínico e tolerância, até um máximo de 150 mg por dia, em tomas divididas. A dose deve ser aumentada com incrementos e com intervalos de, pelo menos, 2 semanas para avaliar a resposta dos doentes.

Enfarte do miocárdio:
Tratamento a curto prazo: o tratamento com captopril deve iniciar-se no hospital tão cedo quanto possível após o aparecimento de sinais e/ou sintomas em doentes com hemodinâmica estável. Deve ser administrada uma dose teste de 6,25 mg, com uma dose de 12,5 mg administrada 2 horas depois e uma dose de 25 mg administrada 12 horas depois. A partir do dia seguinte, o captopril deve ser administrado numa dose de 100 mg/dia, em duas tomas diárias durante 4 semanas, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. No final das 4 semanas de tratamento, deve reavaliar-se o estado do doente antes de se tomar uma decisão quanto ao tratamento a seguir na fase pós-enfarte do miocárdio.

Tratamento crónico: se o tratamento com o captopril não se tiver iniciado nas primeiras 24 horas após o enfarte agudo do miocárdio, sugere-se que o tratamento se inicie entre o 3° e o 16° dia após o enfarte do miocárdio quando se tiverem atingido as condições de tratamento necessárias (hemodinâmica estável e tratamento de qualquer isquémia residual). O tratamento deve iniciar-se no hospital com rigorosa vigilância clínica (particularmente a pressão arterial) até que se atinja a dose de 75 mg. A dose inicial tem que ser baixa (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?), em particular se

  • doente no início do tratamento apresentar uma pressão arterial normal ou baixa. Otratamento deve iniciar-se com a dose de 6,25 mg, seguida de 12,5 mg 3 vezes ao dia durante 2 dias, e depois 25 mg 3 vezes ao dia, diariamente, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. A dose recomendada para a cardioprotecção efectiva durante o tratamento a longo prazo é de 75 a 150 mg diariamente em duas ou três doses.

Nos casos de hipotensão sintomática, como na insuficiência cardíaca, a dose de diuréticos e/ou outros vasodilatadores concomitantes pode ser reduzida de modo a atingir a dose de estado estacionário do captopril. Quando necessário, a dose de captopril deve ser ajustada em função da resposta clínica do doente. O captopril pode

ser usado em combinação com outros tratamentos para o enfarte do miocárdio, tais como trombolíticos, betabloqueadores e ácido acetilsalicílico.

Nefropatia diabética do tipo I:
Em doentes com nefropatia diabética do tipo I, a dose diária recomendada de captopril é de 75-100 mg em doses divididas. Se for desejável uma redução adicional da pressão arterial pode adicionar-se medicação anti-hipertensora adicional.

Insuficiência renal:
Como o captopril é excretado principalmente pelo rim, no doente com compromisso da função renal a dose deve ser reduzida ou o intervalo entre as doses deve ser aumentado. Em doentes com insuficiência renal grave, quando é necessário uma terapêutica diurética concomitante é preferível um diurético de ansa (por exemplo, furosemida) a um diurético tiazídico.

Em doentes com insuficiência renal, para evitar a acumulação do captopril, pode recomendar-se a dose diária seguinte:

Depuração da creatinina mlmin1,73 m2 40 21-40 10-20 10 Dose inicial diária mg 25-50 25 12,5 6,25 Dose máxima diária mg 150 100 75 37,5

Idosos:
Tal como outros anti-hipertensores, deve considerar-se o início da terapêutica com uma dose inicial mais baixa (6,25 mg duas vezes ao dia) em doentes idosos, os quais podem ter função renal diminuída e outras disfunções orgânicas (ver acima e ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?). A dose deve ser ajustada em função da resposta da pressão arterial e ser mantida tão baixa quanto possível para obter o controlo adequado.

Crianças e adolescentes:
A eficácia e a segurança do captopril não foram totalmente estabelecidas. O uso de captopril em crianças e adolescentes deve iniciar-se sob rigorosa vigilância clínica. A dose inicial de captopril é de cerca de 0,3 mg/kg de peso corporal. Em doentes que requerem precauções especiais (crianças com disfunção renal, prematuros, recém-nascidos e lactentes, porque a função renal não é a mesma das crianças mais velhas e adultos) a dose inicial deve ser apenas 0,15 mg captopril/kg peso. Geralmente, em crianças o captopril é administrado 3 vezes ao dia, mas a dose e o intervalo entre as doses deve ser adaptado em função da resposta do doente.

Fale como o seu médico ou farmacêutico se lhe parecer que Captopril Convertal é ?demasiado forte ou demasiado fraco?.

Captopril Convertal deve ser tomado com a regularidade e durante o período de tempo definido pelo médico. Não interrompa o tratamento sem indicação do seu médico.

Se tomar mais Captopril Convertal do que deveria

Os sintomas de sobredosagem são hipotensão grave, choque, letargia, bradicardia, desequilíbrio electrolítico e falência renal.

As medidas para evitar a absorção (por exemplo, lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio nos 30 minutos após a ingestão) e acelerar a eliminação devem ser aplicadas se a ingestão for recente.

Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado na posição adequada e deve ser administrado rapidamente suplemento salino e fluídos. Deve ser equacionado o tratamento com angiotensina-II.

Bradicardia e reacções vagais extensas devem ser tratadas com a administração de atropina. Pode ser considerado o uso de pacemaker. O captopril pode ser removido da circulação por hemodiálise.

Caso se tenha esquecido de tomar Captopril Convertal

Retome a administração do medicamento logo que seja possível; no entanto, não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Captopril Convertal pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os potenciais efeitos indesejáveis que podem ocorrer com este medicamento são:

Distúrbios sanguíneos e linfáticos:
Muito raros: neutropenia/agranulocitose (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?), pancitopenia particularmente em doentes com disfunção renal (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?), anemia (incluindo aplástica e hemolítica), trombocitopenia, linfadenopatia, eosinofilia, doenças auto-imunes e/ou títulos positivos de anticorpos antinucleares.

Distúrbios metabólicos e da nutrição:
Raros: anorexia.

Muito raros: hipercaliemia, hipoglicemia (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?).

Distúrbios psiquiátricos:
Frequentes: alterações do sono.
Muito raros: confusão, depressão.

Distúrbios do sistema nervoso:
Frequentes: perda do paladar, tonturas.
Raros: sonolência, cefaleias e parestesia.
Muito raros: incidentes cerebrovasculares, incluindo acidente vascular cerebral e síncope.

Distúrbios oculares:
Muito raros: visão turva.

Distúrbios cardíacos:
Não frequentes: taquicardia ou taquiarritmia, angina de peito, palpitações. Muito raros: paragem cardíaca, choque cardiogénico.

Distúrbios vasculares:
Não frequentes: hipotensão (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?), síndroma de Raynaud, rubor, palidez.

Distúrbios respiratórios, torácicos, mediastínicos:
Frequentes: tosse seca irritativa (não produtiva) (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?) e dispneia.
Muito raros: broncospasmo, rinite, alveolite alérgica/pneumonia eosinofílica

Distúrbios gastrointestinais:
Frequentes: náuseas, vómitos, irritação gástrica, dor abdominal, diarreia, obstipação, secura da boca.
Raros: estomatite/ulcerações aftosas.
Muito raros: glossite, úlcera péptica, pancreatite.

Distúrbios hepato-biliares:
Muito raros: compromisso da função hepática e colestase (incluindo icterícia), hepatite incluindo necrose, enzimas hepáticas aumentadas e bilirrubina.

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos:
Frequentes: prurido com ou sem exantema, exantema e alopécia.
Não frequentes: angioedema (ver ?Tome especial cuidado com Captopril Convertal?). Muito raros: urticária, síndroma de Stevens-Johnson, eritema multiforme, fotossensibilidade, eritrodermia, reacções penfigóides e dermatite exfoliativa.

Distúrbios musculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo e ósseos:
Muito raros: mialgia, artralgia.

Distúrbios renais e urinários:
Raros: alterações da função renal incluindo falência renal, poliúria, oligúria, aumento da frequência urinária.
Muito raros: síndroma nefrótico.

Distúrbios do sistema reprodutor e da mama:
Muito raros: impotência, ginecomastia.

Distúrbios gerais:
Não frequentes: dor torácica, fadiga, mal-estar.
Muito raros: febre.

Ensaios:
Muito raros: proteinúria, eosinofilia, aumento do potássio sérico, diminuição do sódio sérico, aumento do BUN, creatinina sérica e bilirrubina sérica, diminuição da hemoglobina, hematócrito, leucócitos, trombócitos e dos títulos de anticorpos antinucleares positivos e aumento da velocidade de sedimentação eritrocitária.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

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Como deve ser guardado?

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima dos 25ºC. Conservar na embalagem de origem.

Não utilize Captopril Convertal após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

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Mais informações

Qual a composição de Captopril Convertal

-A substância activa é o captopril. Cada comprimido contém 25 mg ou 50 mg de captopril.

-Os outros componentes são lactose mono-hidratada, amido de milho, celulose microcristalina e estearato de magnésio.

Qual o aspecto de Captopril Convertal e conteúdo da embalagem

Captopril Convertal são comprimidos, brancos, redondos, biconvexos com ranhura numa das faces.

Captopril Convertal é acondicionado em blister de Alumínio/PVC+PVdC e está disponível em embalagens de 20, 60 e 100 comprimidos doseados a 25 mg e 60 e 100 comprimidos doseados a 50 mg.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

TECNIMEDE - Sociedade Tecnico Medicinal, S.A.
Rua Professor Henrique de Barros
Edifício Sagres, 3º A
2685-338 Prior Velho
Tel. 21 041 41 00
Fax 21 941 08 39
E-mail: dmk.tm@tecnimede.pt

Fabricante

West Pharma ? Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11
Venda Nova
2700-486 Amadora

Este folheto foi aprovado pela última vez em

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Doenças

Causas, sintomas e opções de tratamento para doenças e lesões comuns.

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