O que é e como se utiliza?
Indicações terapêuticas:
- Otite média aguda;
- Infecções do tracto respiratório superior: faringites, amigdalites e sinusites agudas;
- Infecções do tracto respiratório inferior: pneumonia, bronquite aguda, exacerbações agudas dabronquite crónica e bronquiectasias infectadas;
- Uretrite e cervicite gonocócica não complicada.
O espectro da acção antibacteriana da cefixima é bastante largo, como se refere a seguir:
Cocos gram-positivos
São sensíveis às baixas concentrações os Streptococus pneumoniae, agalactiae e pyogenes (CIM90 entre 0,1 e 0,5 µg/ml). Como sucede com todos os antibióticos ?-lactâmicos, os estreptococos de tipo D (enterococos) são clinicamente resistentes. Os estafilococos são clinicamente resistentes, por falta de afinidade suficiente da cefixima para as PBPs da membrana citoplasmática dos estafilococos. No entanto, a cefixima resiste bem à inactivação pelas ?-lactamases estafilocócicas.
Bacilos gram-positivos
O Corynebacterium, nomeadamente o diphteriae, só é sensível in vitro a concentrações elevadas de cefixima (CIM90 de cerca de 32 µg/ml), o que equivale a dizer que estas bactérias são clinicamente resistentes ao antibiótico. Do mesmo modo, a Listeria monocytogenes é também, em regra, resistente.
Cocos gram-negativos
Tanto a Neisseria meningitidis (meningococo) como a Neisseria gonorrhoeae (gonococo) são extremamente sensíveis à cefixima, mesmo quando as estirpes são produtoras de ?-lactamases (CIM90 entre 0,001 e 0,06 µg/ml).
Bacilos gram-negativos
Na área dos bacilos gram-negativos, há sobretudo a destacar a grande actividade da cefixima contra o Haemophilus influenzae, o Haemophilus parainfluenzae, a Moraxella catarrhalis e a maioria das enterobacteriáceas. A actividade da cefixima contra os bacilos gram-negativos sensíveis mantém-se mesmo quando as estirpes são produtoras de ?-lactamases. Salvo bastantes estirpes de Morganella morganii, Serratia e Enterobacter, que são clinicamente resistentes, a generalidade das enterobacteriaceas são usualmente bastante sensíveis.
As Pseudomonas, como sucede com quase todos os antibióticos ?-lactâmicos, são praticamente resistentes.
Anaeróbios
Das bactérias anaeróbias, o Peptococcus, o Peptostreptococcus, o Propionobacterium, o Fusobacterium e o Actinomyces apresentam, em regra, razoável sensibilidade à cefixima (CIM90 de 1 µg/ml, embora algumas estirpes necessitem, para serem inibidas de concentrações mais elevadas, por vezes mesmo de 4 mcg/ml). Os Bacteroides e os Clostridia são, em regra, resistentes à cefixima.
Outros agentes
As Chlamydia e os Mycoplasma são resistentes, tal como o são as riquetsias. As espiroquetas, nomeadamente o Treponema pallidum, parecem ser muito sensíveis, mas este aspecto não está ainda devidamente estudado. Como já se referiu, a cefixima é muito resistente à inactivação pela generalidade das ?-lactamases bacterianas.
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