Não tome Topiramato Almus
Se tiver hipersensibilidade (alergia) ao topiramato ou a qualquer outro componente de Topiramato Almus.
Tome especial cuidado com Topiramato Almus
Os anti-epilépticos, incluindo Topiramato Almus, devem ser retirados gradualmente para minimizar o potencial de aumento da frequência das crises. Nos ensaios clínicos realizados em adultos, as doses foram diminuídas em 100 mg/dia, em intervalos semanais. Em alguns doentes, a retirada da medicação foi acelerada sem que tenham surgido complicações.
A via renal é a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus metabolitos. A eliminação renal depende da função renal e é independente da idade. Nos doentes com insuficiência renal moderada ou grave podem necessitar de 10 a 15 dias até serem atingidas as concentrações plasmáticas no estado estacionário, comparativamente aos 4 a 8 dias observados em doentes com função renal normal.
Tal como sucede com todos os doentes, o esquema posológico de titulação deve ser guiado pelos resultados clínicos (i.e., controle de crises, evitar o surgimento de efeitos secundários), tendo em conta que os insuficientes renais podem necessitar dum período de tempo mais prolongado até atingirem o estado estacionário em cada dose.
É muito importante fazer uma hidratação adequada quando se toma topimarato. A hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver a seguir). Uma hidratação apropriada antes e durante actividades como exercício ou exposição a temperaturas altas pode reduzir o risco de efeitos secundários relacionados com o calor (ver secção 4.8 Efeitos Indesejáveis ? Ensaios clínicos na profilaxia de enxaqueca).
Perturbações do humor/Depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão durante
- tratamento com topiramato.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como o Topiramato Almus teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve contactar imediatamente o seu médico.
Nefrolitíase
Nalguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, pode ser maior o risco de formação de cálculos renais com sinais e sintomas associados, tais como cólica renal, dor renal ou dor nos flancos. Recomenda-se hidratação adequada para reduzir este risco. Os factores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos, antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes factores de risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
Função hepática diminuída
Em doentes com função hepática diminuída, recomenda-se precaução na administração de topiramato, pois pode estar diminuída a depuração deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado
Um síndroma consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado foi descrito em doentes tratados com Topiramato Almus. Os sintomas incluem início agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os achados oculares incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Este síndroma pode estar associado com derrame supraciliar resultando no deslocamento anterior do cristalino e irís, com glaucoma secundário do ângulo fechado. Os sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com Topiramato Almus. Em contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo fechado associado a topiramato foi descrito em doentes em idade pediátrica, bem como em adultos. O tratamento inclui a interrupção de Topiramato Almus, tão rapidamente quanto possível e de acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente resultam na diminuição da pressão intraocular.
Acidose metabólica
A acidose metabólica, sem anion-gap, hiperclorémia (ex: níveis de bicarbonato de sódio diminuídos para valores inferiores ao intervalo de referência normal na ausência de alcalose respiratória) está associada com o tratamento com topiramato. Este decréscimo do bicarbonato de sódio sérico é devido ao efeito inibidor de topiramato sobre a anidrase carbónica renal. Geralmente, o decréscimo do bicarbonato ocorre no início do tratamento, embora possa ocorrer a qualquer momento do tratamento. Estes decréscimos são geralmente ligeiros a moderados (a média de decréscimo é maior ou igual a 4 mmol/l em doses de 100 mg/dia em adultos e de aproximadamente 6 mg/kg/dia em crianças. Raramente os doentes apresentaram decréscimos para valores inferiores a 10 mmol/l. Certas condições ou terapêuticas predisponentes para acidose (tais como doença renal, doenças respiratórias graves, estado epiléptico, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou
certos fármacos) podem ter efeitos aditivos aos de topiramato na diminuição de bicarbonato. A acidose metabólica crónica em crianças pode reduzir a taxa de crescimento. O efeito de topiramato no crescimento e nas sequelas ósseas não foi investigado sistematicamente nem em crianças nem em adultos. Dependendo de condições subjacentes, é recomendada uma avaliação apropriada, durante o tratamento com topiramato, incluindo os níveis de bicarbonato. Se ocorrer desenvolvimento ou persistência de acidose metabólica, deve-se considerar a redução da dose ou a descontinuação de topiramato (utilizando uma redução progressiva da dose).
Suplemento alimentar
Deve ser considerada a administração de um suplemento alimentar ou aumento na ingestão de alimentos em doentes que percam peso, durante a administração deste medicamento.
Tomar Topiramato Almus com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Efeitos de Topiramato Almus sobre os Outros Fármacos Anti-epilépticos
A associação de topiramato a outros medicamentos anti-epilépticos (fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, primidona) não afecta as concentrações plasmáticas no estado estacionário, excepto, num ou noutro doente, em que a associação de topiramato à fenitoína pode provocar uma elevação das concentrações plasmáticas de fenitoína. Isto é, possivelmente, devido à inibição da isoforma duma enzima polimórfica específica (CYP2C meph). Consequentemente, em qualquer doente submetido a tratamento com fenitoína e que apresenta sinais ou sintomas de toxicidade, deve-se proceder à monitorização dos níveis de fenitoína. Um estudo de interacção farmacocinética em doentes com epilepsia revelou que a adição de topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas, no regime estacionário com doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Além disso, não houve alteração nas concentrações plasmáticas no regime estacionário de topiramato nem durante nem após a suspensão do tratamento com o tratamento de lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
Efeitos dos Outros Fármacos Anti-epilépticos sobre Topiramato Almus
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática de topiramato. A associação ou retirada de fenitoína ou carbamazepina à terapêutica com topiramato pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas alterações devem ser efectuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou retirada de ácido valpróico não produz alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas de topiramato, pelo que neste caso não é necessário proceder ao ajuste posológico de topiramato.
Os resultados destas interacções estão resumidos no quadro seguinte:
FAE co-administrado Concentração do FAE do Concentração Topiramato Almus Fenitoína R Carbamazepina CBZ R Ácido Valpróico Fenobarbital NE Pimidona NE
= Sem efeito sobre a concentração plasmática
** = Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados
R= Redução das concentrações plasmáticas
NE= Não estudado
FAE= Fármaco anti- epiléptico
Outras Interacções Medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva da concentração plasmática da digoxina sérica (AUC) decresceu 12% devido à administração concomitante de topiramato. A relevância clínica desta observação não foi estabelecida. Quando se adiciona ou retira topiramato a doentes em que foi instituída uma terapêutica com digoxina, deve-se prestar uma estreita atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do sistema nervoso central
A administração concomitante de Topiramato Almus e álcool ou outros fármacos depressores do sistema nervoso central não foi avaliada em estudos clínicos. Recomenda-se que topiramato não seja usado concomitantemente com álcool ou outros fármacos depressores do sistema nervoso central.
Contraceptivos Orais
Num estudo de interacção farmacocinética em voluntários saudáveis com contraceptivos orais em que se utilizou um produto de associação contendo 1 mg de noretindrona (NET) e 35 mcg de etinilestradiol (EE), o topiramato administrado na ausência de outros medicamentos com doses de 50 a 200 mg/dia não afectou de forma estatisticamente significativa a exposição média (AUC) a nenhum dos componentes do contraceptivo oral. Noutro estudo, a exposição ao EE teve uma diminuição estatisticamente significativa com doses de 200, 400 e 800 mg/dia (18%, 21% e 30%, respectivamente) quando administradas como terapêutica adjuvante em doentes a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, topiramato (50 mg/dia a 800 mg/dia) não afectou significativamente a exposição à NET. Embora tenha havido uma diminuição da dependência da dose na exposição ao EE para doses entre 200800 mg/dia, não houve alteração significativa na
dependência da dose na exposição ao EE para doses de 50-200 mg/dia. Não é conhecido
- significado clínico das alterações observadas. A possibilidade da diminuição da eficácia contraceptiva e do aumento de hemorragia devem ser consideradas em doentes que estão a tomar uma associação de contraceptivos orais e topiramato. Deve solicitar-se às doentes a tomar contraceptivos que comuniquem qualquer alteração nos respectivos padrões hemorrágicos. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo em caso de hemorragia. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo na ausência de falta de hemorragia.
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interacção entre fármacos efectuado com voluntários saudáveis avaliou a farmacocinética no regime estacionário da HCTZ (25 mg q24h) e topiramato (96 mg q12h) quando administrado isolado e em associação. Os resultados deste estudo indicam que a Cmax de topiramato aumentou 27% e a AUC aumentou cerca de 29% quando a HCTZ foi associada ao topiramato. O significado clínico desta alteração é desconhecido. A associação de HCTZ ao tratamento com topiramato pode exigir um ajuste na dose de topiramato. A estabilidade farmacocinética da HCTZ não foi significativamente influenciada pela administração concomitante de topiramato. Resultados clínicos laboratoriais indicam decréscimos nos níveis séricos de potássio após a administração de topiramato ou HCTZ, os quais eram maiores quando a HCTZ e topiramato eram administrados ao mesmo tempo.
Metformina
Foi realizado um estudo de interacção fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis, para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato no plasma, quando a metformina era administrada isoladamente e ou concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostram que a Cmáx média e a AUC média da metformina aumentavam em 18% e 25% respectivamente, enquanto que a CL/F diminuía 20%, quando a metformina e o topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afectou a Tmáx da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na farmacocinética do topiramato. Quando topiramato é associado ou retirado em doentes a receberem tratamento com metformina deverá haver precaução em relação à monitorização de rotina para o controlo adequado da diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interacção fármaco-fármaco realizou-se em voluntários saudáveis para avaliar a farmacocinética no regime estacionário do topiramato e da pioglitazona quando administrados concomitantemente. Foi observado um decréscimo de 15% na AUC,ss da pioglitazona sem alteração na Cmáx. Este achado não foi estatisticamente significativo. Além disso, foi demonstrado um decréscimo do hidroxi-metabolito activo de 13% e 16%
na Cmáx e na AUC,ss, respectivamente, assim como um decréscimo de 60% na Cmáx e na AUC,ss do ceto-metabolito activo. O significado clínico deste achado não é conhecido. Quando se associa topiramato a uma terapia de pioglitazona ou se associa pioglitazona a um tratamento de topiramato, deve-se fazer uma cuidadosa monitorização de rotina aos doentes para controlo adequado da situação da diabetes.
Outros
Quando usado concomitantemente com outros medicamentos que possam predispor para nefrolitíase, topiramato pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante o tratamento com topiramato devem ser evitados estes medicamentos, dado que podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de cálculos renais.
Estudos adicionais de interacção farmacocinética
Foram efectuados ensaios clínicos para estudar a potencial interacção farmacocinética entre topiramato e outros agentes. As alterações na Cmáx ou AUC como resultado das interacções estão resumidas a seguir. A segunda coluna (concentração concomitante do fármaco) descreve o que acontece á concentração do fármaco concomitante mencionado na primeira coluna quando de associa topiramato. A terceira coluna (concentração de topiramato) descreve como a coadministração do fármaco mencionada na primeira coluna modifica a concentração do topiramato.
Resumo dos resultados de estudos adicionais de interacção farmacocinética clínica
Fármaco co-administrado de Concentração do Fármacoa Concentração Topiramato Amitriptilina NS 20 de aumento na Cmáx e AUC do metabolito nortriptilina Diidroergotamina oral e subcutâneo Haloperidol NS 31 de aumento na AUC do metabolito reduzido Propanolol 17 de aumento na Cmáx para 4-OH propanol TPM 50mg q12h 16 de aumento na Cmáx 17 de aumento na AUC 80 mg de propanolol q 12h NS Sumatriptan oral e subcutâneo Pizotifen
(a)de valores nas alterações na média de Cmáx ou AUC relacionados com monoterapia
= Sem efeito sobre a Cmáx e AUC (alteração=15%) do fármaco intacto NS= Não estudado
Testes Laboratoriais
Resultados de ensaios clínicos indicam que topiramato foi associado com uma média de decréscimo de 4 mmol/l dos níveis séricos de bicarbonato de sódio. (ver secção 4.4. Advertências e Precauções Especiais de Utilização)
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento medico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento de risco de malformações congénitas. O tratamento com medicamentos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretender engravidar. Em geral, o risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos durante a gravidez. As malformações mais frequentes afectam os lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo neural. O tratamento com vários medicamentos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformações congénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível os regimes de politerapia deverão ser simplificados. O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que pode aumentar o risco de crises epilépticas com consequências graves para a mãe e/ou para o feto. Tal como sucede com os outros fármacos, o topiramato revelou-se, teratogénico em modelos animais estudados (ratinhos, ratos e coelhos). Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária. Não existem estudos sobre o uso de topiramato na mulher grávida. No entanto, Topiramato Almus só deverá ser usado durante a gravidez no caso dos benefícios potenciais compensarem o risco potencial. O topiramato é excretado no leite de fêmeas lactantes de ratos. A excreção de topiramato no leite humano não foi avaliada em ensaios controlados. Observações limitadas em doentes sugerem uma excreção extensa do topiramato no leite materno. Em virtude de muitos fármacos serem excretados no leite humano, deverá ser ponderada a decisão de interromper o aleitamento ou o medicamento, tomando em consideração a importância do medicamento para a mãe. Na experiência pós-marketing têm sido relatados casos de hipospadias em bébés do sexo masculino expostos a topiramate no útero, com ou sem outros anticonvulsantes; contudo, não foi estabelecida nenhuma causa relacionada com topiramato.
Condução de veículos e utilização de máquinas
À semelhança do que acontece com todos os antiepilépticos, Topiramato Almus actua sobre o sistema nervoso central e pode provocar sonolência, tonturas ou outros sintomas relacionados. Estes efeitos adversos ligeiros ou moderados podem ser potencialmente
perigosos em doentes que conduzam veículos ou operem máquinas, particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente com o medicamento.
Informações importantes sobre alguns componentes de Topiramato Almus
Os comprimidos contêm lactose na sua composição. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.