hereditária ou alcoolismo). Nestas situações deve ponderar-se o risco do tratamento versus o possível benefício. Estes doentes devem ser alvo de monitorização mais cuidadosa.
Efeitos Hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos medicamentados com sinvastatina, aumentos acentuados e persistentes das transaminases séricas (até mais de três vezes
- LSN). Quando o fármaco foi interrompido ou suspenso nestes doentes, os níveis de transaminases baixaram, na generalidade, lentamente para os níveis anteriores ao tratamento. Os aumentos não foram associados com a ocorrência de icterícia ou outros sintomas ou sinais clínicos. Não houve evidência de hipersensibilidade. Alguns destes doentes tinham testes de função hepática (TFH) alterados antes da terapêutica com sinvastatina e/ou consumiam quantidades substanciais de álcool.
Recomenda-se que sejam efectuados testes de função hepática antes do início da terapêutica, e posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma dose de 80 mg devem fazer um teste antes do início do tratamento, 3 meses após o início do tratamento com a dose de 80 mg e periodicamente (por ex. semestralmente) no primeiro ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que desenvolveram aumento dos níveis das transaminases e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser repetidos a curto prazo e, depois, realizados mais frequentemente. Se os níveis das transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem para mais de três vezes o LSN e forem persistentes, o fármaco deverá ser suspenso.
O fármaco deverá ser usado com precaução nos doentes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou tenham antecedentes de doença hepática. São contra-indicações para o uso de sinvastatina, a doença hepática activa ou elevações inexplicadas das transaminases.
Tal como com outros agentes diminuidores dos lípidos, têm sido referidas elevações moderadas das transaminases séricas (menos de três vezes o LSN) durante o tratamento com sinvastatina. Estas alterações surgiram após o início do tratamento com sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer sintomas e não foi necessária a interrupção do tratamento.
Medição da creatinina quinase (CK)
A creatinina quinase não deverá ser medida após o exercício físico energético ou na presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK que possa dificultar a interpretação daqueles valores. Se os níveis de CK estiverem significativamente elevados relativamente aos níveis basais, isto é, superiores a cinco vezes o limite superior normal (LSN) aqueles deverão ser reavaliados 5 a 7 dias após, para confirmar os resultados.
Antes do tratamento
A prescrição de estatinas deve ser feita com precaução em doentes com factores predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início da terapêutica com estatinas, nas seguintes situações:
-300Disfunção renal;
-301Hipotiroidismo;
-302História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias;
-303História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos;
-304Abuso de álcool;
-305Nos idosos (idade superior a 70 anos), deverá ser considerada a necessidade da medição de CK, de acordo com a presença de outros factores predisponentes para a rabdomiólise.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração a relação benefício-risco da estatina e recomenda-se a monitorização clínica.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (superior a cinco vezes o LSN) o tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento:
- Se ocorrer dor e fraqueza muscular ou cãibras durante o tratamento com uma estatina, os níveis de CK devem ser avaliados. Se estes estiverem significativamente elevados (superior a cinco vezes o LSN), o tratamento deverá ser interrompido.
- Se os sintomas musculares forem graves e ocasionarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK sejam inferiores ou iguais a cinco vezes o LSN, deverá ser considerada a descontinuação do tratamento.
- Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada a reintrodução da estatina, ou a introdução de uma outra estatina alternativa, na dosagem mais baixa desde que seja efectuada uma estreita monitorização.
Exames Oftalmológicos
É de esperar, com o tempo, uma prevalência de opacidade do cristalino como resultado do envelhecimento, na ausência de qualquer tratamento farmacológico. Os dados actualmente disponíveis, decorrentes de ensaios clínicos, não indicam efeitos adversos da sinvastatina no cristalino humano.
Uso em Pediatria
Não foram realizados estudos para estabelecer a segurança e a eficácia na criança.
De momento, SINVASTATINA SINVASTIL não é recomendado para uso pediátrico.
Idosos
Nos doentes com idade superior a 65 anos, que receberam sinvastatina em estudos clínicos controlados, a eficácia, avaliada pela redução dos níveis de colesterol total e das LDL, mostrou ser semelhante à de toda a população estudada, e não há aumento aparente da frequência de efeitos colaterais clínicos ou laboratoriais.
Interacções com alimentos ou bebidas
Tomar SINVASTATINA SINVASTIL com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que inibem o CYP 3A4 e pode aumentar os níveis plasmáticos de fármacos metabolizados pelo CYP 3A4. O efeito de um consumo normal (um copo de 250 ml por dia) é mínimo e não tem relevância clínica. No entanto, quantidades muito elevadas (mais de 1 litro por dia) aumentam significativamente o nível plasmático da actividade inibidora da redutase da HMG-CoA durante o tratamento com sinvastatina, devendo ser evitadas.
Utilização durante a gravidez e o aleitamento
Gravidez
SINVASTATINA SINVASTIL está contra-indicada na gravidez.
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efectuados estudos clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos raros de anomalias congénitas após exposição intra-uterina a inibidores da redutase da HMG-CoA. Contudo, numa análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas prospectivamente, expostas durante o primeiro trimestre a sinvastatina ou a outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a incidência de anomalias congénitas foi comparável à observada na população
em geral. Este número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual ou superior a 2,5 vezes o aumento de anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-nascidos de doentes a tomar SINVASTATINA SINVASTIL ou outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na população em geral, o tratamento materno com SINVASTATINA SINVASTIL pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da biossíntese de colesterol. A aterosclerose é um processo crónico e uma episódica suspensão dos fármacos diminuidores de lípidos durante a gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco associado a hipercolesterolémia primária. Por estas razões, a SINVASTATINA SINVASTIL não deve ser usada em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com suspeita de estarem grávidas. O tratamento com SINVASTATINA SINVASTIL deve ser suspenso durante
- período da gravidez ou até que se determine que a mulher não está grávida.
Aleitamento
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, são excretados no leite materno. Porque muitos fármacos são excretados no leite humano, e devido ao potencial de reacções adversas graves nos
lactentes, as mulheres que tomam SINVASTATINA SINVASTIL não deverão amamentar os seus filhos.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas
Condução de veículos e utilização de máquinas
SINVASTATINA SINVASTIL não altera a capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns ingredientes de SINVASTATINA SINVASTILEste medicamento contém lactose. Se foi informado que tem intolerância a algum açúcar, contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Interacção com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
Tomar SINVASTATINA SINVASTIL com outros medicamentos
O gemfibrozil pode interferir na glucuronoconjugação da lovastatina, sinvastatina e atorvastatina. Como consequência deve ser evitado o uso concomitante destas substâncias com o gemfibrozil.
Interacções do CYP 3A4
Os inibidores do CYP 3A4 podem interferir no metabolismo da lovastatina, sinvastatina e atorvastatina. Como consequência deve ser evitado o uso concomitante destas substâncias com inibidores do CYP 3A4.
Os inibidores potentes do CYP 3A4 (a seguir indicados) aumentam o risco de miopatia por reduzirem a eliminação de sinvastatina:
Mibefradil; itraconazol; cetoconazol; eritromicina; claritromicina; inibidores da protease do VIH; nefazodona e ciclosporina.
Interacções com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando administrados
isoladamente
O risco de miopatia está também aumentado pelos seguintes fármacos hipolipemiantes que não são inibidores potentes do CYP 3A4, mas que podem causar miopatia quando administrados isoladamente:
Gemfibrozil; outros fibratos e niacina (ácido nicotiníco) (? 1 g/dia).
Outras interacções medicamentosas
Amiodarona ou verapamil: o risco de miopatia / rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de amiodarona ou verapamil, mas não por outros bloqueadores dos canais de cálcio que não o verapamil.
Derivados Cumarínicos
Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a sinvastatina e, frequentemente, durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá nenhuma alteração significativa no tempo de protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina estável, este poderá ser monitorizado a intervalos geralmente recomendados para doentes que tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose de sinvastatina, ou se interrompa o tratamento, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi associado a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam anticoagulantes.