Substância(s) Somatostatina
Admissão Portugal
Produtor Eumedica N.V.
Narcótica Não
Código ATC H01CB01
Grupo farmacológico Hormônios hipotalâmicos

Titular da autorização

Eumedica N.V.

Medicamentos com o mesmo princípio activo

Medicamento Substância(s) Titular da autorização
Somatostatina Normon Somatostatina Laboratorios Normon
Somatostatina Basi Somatostatina Laboratorios Basi - Industria Farmaceutica
Somatostatina Generis Somatostatina Generis Farmacêutica
Somatostatina Hikma Somatostatina HIKMA Farmaceutica (Portugal)
Somatostatina APS 3 mg/2 ml Pó e Solvente para Solução para Perfusão Somatostatina GENERIS FARMACÉUTICA, S.A.

Folheto

O que é e como se utiliza?

Classificação Fármaco-Terapêutica: 8.1.1. Lobo anterior da hipófise

Indicações Terapêuticas

-Tratamento das hemorragias agudas resultando das úlceras gastroduodenais, gastrites hemorrágicas e por rotura de varizes do esófago suspeitas ou diagnosticadas por endoscopia.

-Profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e explorações por C.P.R.E.

-Tratamento da pancreatite aguda.

-Tratamento das fístulas do intestino delgado e do pâncreas.

-Tratamento sintomático da hipersecreção causada por tumores endócrinos do tracto digestivo.

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

Não utilize Somatostatina UCB

Se tem hipersensibilidade à somatostatina ou a análogos da somatostatina ou a qualquer outro componente de Somatostatina UCB.

Tome especial cuidado com Somatostatina UCB

A Somatostatina-UCB é um medicamento de uso hospitalar.

Aos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ? 30ml/min) deve ser administrada metade da dose recomendada.

Os doentes que estejam sob tratamento com Somatostatina-UCB devem ser mantidos sob estreita observação médica. O bólus intravenoso deve ser administrado lentamente, durante, pelo menos, 1 minuto. A perfusão I.V. deve ser administrada continuamente. No início da perfusão pode ocorrer hipoglicémia, possivelmente seguida, 2 a 3 horas depois, por um aumento da glicémia devido a alterações no balanço entre as hormonas reguladoras, insulina e glucagon. Por esta razão, exige-se uma determinação da glicémia cada 4 a 6 horas.

A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia. Pode ser necessária a administração de insulina.

A somatostatina pode induzir os seguintes efeitos cardiovasculares farmacodinâmicos: hipertensão sistémica transitória, débito cardíaco transitoriamente reduzido, pressão arterial pulmonar aumentada, pressão venosa central aumentada, hipotensão sistémica, bradicárdia, bloqueio atrioventricular.

Consequentemente, os sinais vitais dos doentes devem ser monitorizados durante a fase inicial da administração de somatostatina, em particular após o bólus intravenoso. Recomenda-se precaução em doentes com função cardiovascular comprometida ou história de arritmia cardíaca, pois podem não ser capazes de compensar estes efeitos.

Dado que a taxa de filtração glomerular, o fluxo de urina e o nível sanguíneo de sódio podem diminuir durante o tratamento com somatostatina, recomenda-se a verificação regular da função renal e dos electrólitos plasmáticos.

A Somatostatina UCB causa inibição da absorção intestinal de certos nutrientes. A Somatostatina UCB também inibe outras secreções hormonais gastrointestinais. A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito ?rebound?, especialmente

em doentes a receber tratamento para fístulas. Assim, após cura das fístulas, deve ser administrada metade da dose, por perfusão, durante as 48h seguintes, por forma a evitar um possível efeito ?rebound?.

Os efeitos da somatostatina sobre os sinais vitais, glicémia e função renal devem ser tidos em consideração, durante o seguimento dos doentes que acabaram a terapêutica.

Ao utilizar Somatostatina UCB com outros medicamentos

Considerando o largo espectro de efeitos farmacodinâmicos da somatostatina em vários sistemas reguladores, existe possibilidade de diversas interacções farmacodinâmicas.

Interacções farmacodinâmicas com possível relevância clínica têm sido observadas com medicamentos que também influenciam a regulação da glicémia,

  • nível de renina plasmática e a pressão arterial, evidenciando que a somatostatina pode modificar os efeitos destes medicamentos sobre estes parâmetros.

A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da mesma.

Gravidez e aleitamento

Não existem dados clínicos disponíveis sobre a exposição à somatostatina, durante a gravidez. Não foram realizados estudos de reprodução em animais. O risco potencial para os humanos é desconhecido. A somatostatina não deve ser utilizada durante a gravidez excepto se claramente necessário.

A somatostatina não deve ser administrada durante o aleitamento. Mulheres a amamentar devem interromper o aleitamento caso lhes seja administrada a somatostatina.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não foram observados.

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Como é utilizado?

Posologia, modo e via de administração

Devido à sua curta semi-vida - 1 a 2 minutos - a Somatostatina UCB deve ser administrada por perfusão intravenosa contínua.

A Somatostatina UCB deve ser reconstituída imediatamente antes do seu uso adicionando ao pó a ampola de 1ml de solução de cloreto de sódio (0,9%) para uso parentérico:

Pó e solvente para solução para perfusão (Somatostatina-UCB 3 mg ou 6 mg) -Pegue no frasco de pó para solução para perfusão de Somatostatina UCB e reconstitua com a solução de cloreto de sódio a 0,9% (1 ml).
-Injecte a preparação no frasco de perfusão.
-Ajuste a perfusão para 12 horas ou 24 horas (3 mg ou 6 mg, respectivamente).

Pó e solvente para solução para perfusão (Somatostatina-UCB , 0,25 mg) -Pegue no frasco de pó para solução injectável de Somatostatina UCB e reconstitua com a solução de cloreto de sódio a 0,9% (1 ml). A solução deve apresentar-se límpida e incolor.
-Administre por bólus IV lento (durante, pelo menos, 1 minuto).

A dose recomendada é de 3,5 µg/ Kg de peso corporal/ hora, ou, usualmente, 6 mg/ 24 horas, para um doente de 75 Kg, administrados como perfusão contínua de 0,25 mg/ hora. A velocidade de perfusão deve, assim, ser ajustada para 12 horas ou 24 horas (para 3 mg ou 6 mg, respectivamente).

Recomenda-se o ajustamento da dose em doentes idosos com insuficiência renal grave.

Não foram realizados estudos clínicos adequados que estabeleçam a segurança e eficácia da Somatostatina UCB em crianças ou adolescentes. Assim, não é recomendada a utilização nesta população de doentes.

Em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ? 30 ml/ min), as doses devem ser reduzidas para 1,75 µg/ Kg de peso corporal/ hora, no caso da perfusão contínua e para 1,75 µg/ Kg de peso corporal, no caso da administração de bólus.

Não é necessário qualquer ajustamento de dose em doentes unicamente com insuficiência hepática.

O doente deve ser cuidadosamente monitorizado após descontinuação do tratamento.

Para o tratamento de hemorragias gastrointestinais:
A perfusão com Somatostatina UCB deve ser iniciada antes da endoscopia, logo que possível após os primeiros sinais de hemorragia, e prolongada durante cinco dias (120 horas), sendo o mínimo de duração do tratamento de 48 horas. Adicionalmente à perfusão contínua, imediatamente depois de começar a administração de somatostatina por perfusão contínua, deve ser administrado um

bólus intravenoso de 3,5 µg/ Kg de peso corporal (o que corresponde a um frasco de Somatostatina UCB de 0,25 mg, para um doente de 75 Kg) e outro bólus 1 minuto antes da endoscopia. O bólus deve ser administrado lentamente (durante, pelo menos, 1 minuto). Após o tratamento endoscópico, devem ser administrados bólus semelhantes caso o doente evidencie sinais clínicos de hemorragia.

Para o tratamento de fístulas ou da hipersecreção causada por tumores endócrinos do tracto digestivo:
Não é necessário um bólus intravenoso.
Na maioria dos doentes a cura de uma fístula pode ser esperada entre os dias 7 a 14 de tratamento, apesar de serem possíveis períodos mais longos ou mais curtos. Depois da cura, deve fazer-se uma perfusão com metade da dose nas 48 horas seguintes, de maneira a evitar um possível efeito ?rebound?.

Indicação do momento mais favorável a administração do medicamento

Segundo a situação clínica do doente e critério do médico assistente.

Indicação de como suspender o tratamento

No caso particular das fístulas, e após a cura, deve fazer-se uma perfusão com metade da dose nas 48 horas seguintes, de maneira a evitar um possível efeito ?rebound?.

Se utilizar mais Somatostatina UCB do que deveria

Após interrupção de uma perfusão intravenosa com somatostatina administrada em doses terapêuticas, a semi-vida da somatostatina no sangue é de cerca de 2 minutos.

O tratamento da sobredosagem é sintomático. Não se conhece antídoto específico.

Os casos reportados de sobredosagem com somatostatina não revelaram outros riscos de segurança além dos efeitos indesejáveis observados nas doses recomendadas. Em caso de sobredosagem com somatostatina recomenda-se a monitorização apertada da glicémia, dos parâmetros cardiovasculares, da função renal e dos electrólitos plasmáticos.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, Somatostatina UCB pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Foram notificados os seguintes efeitos indesejáveis:
Cardiopatias: bloqueio atrioventricular, bradicárdia, arritmia e extra-sístole ventricular; Doenças gastrointestinais: dor abdominal, diarreia, náuseas e vómitos; Doenças do metabolismo e da nutrição: hiperglicémia, hipoglicémia; Vasculopatias: hipertensão, hipotensão, rubor quente.

A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito ?rebound? da doença tratada, especialmente em doentes a receber tratamento para as fístulas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

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Como deve ser guardado?

Somatostatina UCB 0,25 mg - Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC). Não congelar. Somatostatina UCB 3 mg e 6 mg - Não conservar acima de 25ºC. Não congelar.

Somatostatina UCB (0,25 mg), reconstituída em 1 ml de solução de cloreto de sódio (0,9%): a estabilidade química e física da solução reconstituída foi demonstrada para um período de 24 horas a temperatura não controlada.

Somatostatina UCB (3 mg e 6 mg), reconstituída em 1 ml de solução de cloreto de sódio (0,9%): a estabilidade química e física da solução reconstituída foi demonstrada para um período de 72 horas a temperatura não controlada.

Somatostatina UCB (3 mg e 6 mg), reconstituída em 1000 ml de solução de cloreto de sódio (0,9%) (solução para perfusão): a estabilidade química e física da solução reconstituída foi demonstrada para um período de 48 horas a temperatura não controlada.

Do ponto de vista microbiológico, as soluções reconstituídas de somatostatina devem ser utilizadas imediatamente. Caso não o sejam, o tempo e condições de armazenamento anteriores à utilização são da responsabilidade do preparador, e, normalmente, não deveriam ser superiores a 24 horas a 2ºC-8ºC, a menos que a reconstituição/ diluição tenha sido efectuada em condições assépticas controladas e validadas.

Não utilize Somatostatina UCB após o prazo de validade impresso no rótulo após ?EXP?. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

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Mais informações

Qual a composição de Somatostatina UCB
A substância activa é Somatostatina, acetato
Os outros componentes são:
Pó: Nenhum.
Ampola de solvente: água para injectáveis, cloreto de sódio.

Qual o aspecto de Somatostatina UCB e conteúdo da embalagem

Somatostatina UCB 0,25 mg:
Pó e solvente para solução injectável
Cada frasco para injectáveis de pó para solução injectável contém acetato de somatostatina hidratado correspondendo a 0,25 mg de somatostatina (DCI), e é fornecido com uma ampola de 1ml de solução de cloreto de sódio a 0,9%. Após da reconstituição a concentração da solução é 0,25 mg/ ml

Somatostatina UCB 3 mg:
Pó e solvente para solução para perfusão.
Cada frasco para injectáveis de pó para solução para perfusão contém acetato de somatostatina hidratado correspondendo a 3 mg de somatostatina (DCI), e é fornecido com uma ampola de 1 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9%. Após reconstituição a concentração da solução é 3 mg/ ml.

Somatostatina UCB 6 mg:
Pó e solvente para solução para perfusão.
Cada frasco para injectáveis de pó para solução para perfusão contém acetato de somatostatina hidratado correspondendo a 6 mg de somatostatina (DCI), e é fornecido com uma ampola de 1ml de solução de cloreto de sódio a 0,9%. Após reconstituição a concentração da solução é 6 mg/ ml.

Aparência:
Pó: pó branco liofilizado.
Solvente: líquido límpido e incolor.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Eumedica N.V.
Av. Winston Churchill, 67
1180 Brussels
Beligium

Fabricante

UCB, Pharma S.A.
Chemin du Foriest
B-1420 Braine - L'Alleud
Bélgica

Este folheto foi aprovado pela última vez em

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Admissão Portugal
Produtor Eumedica N.V.
Narcótica Não
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O conteúdo apresentado não substitui a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e efeito dos produtos individuais. Não podemos assumir qualquer responsabilidade pela exactidão dos dados, uma vez que os dados foram parcialmente convertidos automaticamente. Um médico deve ser sempre consultado para diagnósticos e outras questões de saúde. Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas aqui.