Sibutramina Solufarma só pode ser utilizado por doentes que não responderam, ou que não responderam de forma adequada, a um regime de redução de peso devidamente concebido, ou seja, cuja perda de peso foi inferior a 5 % em três meses.
O tratamento com Sibutramina Solufarma só deve ser administrado como parte integrante de uma abordagem terapêutica de redução de peso a longo prazo, sob vigilância de um médico. Uma abordagem terapêutica adequada deve incluir dieta, modificação do comportamento e um aumento da actividade física. Nesta abordagem integrada é essencial a modificação persistente dos hábitos e padrões alimentares e de exercício físico, fundamentais para a manutenção a longo prazo da redução do peso atingida após a suspensão do tratamento. O não cumprimento destas recomendações poderá levar à recuperação de peso. Deve ser mantida vigilância médica mesmo após a suspensão do tratamento com Sibutramina Solufarma.
Não tome Sibutramina Solufarma
- se tem alergia (hipersensibilidade) à Sibutramina ou a qualquer outro componente de Sibutramina Solufarma.
- se tem obesidade causada por doença orgânica;
- se tem antecedentes ou presença de perturbações major do comportamento alimentar;
- se tem doença psiquiátrica e Síndrome de Gilles de la Tourette (um tipo particular de perturbação associada a tiques);
- se tiver tomado em simultâneo ou se tiver tomado durante as últimas 2 semanas inibidores da monoaminoxidase (inibidores MAO), de antidepressivos ou de outros medicamentos que actuam no sistema nervoso central usados no tratamento de perturbações mentais (tais como antidepressivos ou antipsicóticos), nas perturbações do sono (triplofano) ou na redução do peso;
- setem antecedentes de doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, taquicárdia (aumento da frequência cardíaca), doença arterial oclusiva periférica (um tipo específico de perturbação grave da circulação do sangue), alterações do ritmo cardíaco ou doença cerebrovascular (com diminuição do fluxo sanguíneo cerebral), tal como no acidente vascular cerebral (AVC) ou AIT (acidente isquémico transitório - diminuição recorrente do fluxo de sangue ao cérebro);
- se tem hipertensão inadequadamente controlada (superior a 145/90 mmHg);
- se tem hipertiroidismo (produção excessiva de hormonas pela glândula tiróide);
- se tem insuficiência hepática e renal graves;
- se tem hiperplasia benigna da próstata (aumento do volume da próstata) comretenção urinária;
- se tem feocromocitonia (tumor do córtex supra?renal produtor de hormonas);
- se tem glaucoma de ângulo fechado;
- se tem antecedentes ou uso de drogas ilícitas, medicamentos ou álcool;
- na gravidez ou no aleitamento;
- em idade inferior a 18 anos ou superior a 65 anos (devido a dados insuficientes).
Tome especial cuidado com Sibutramina Solufarma
Deve-se proceder a um controlo rigoroso da pressão arterial e da frequência cardíaca em todos os doentes durante o tratamento com Sibutramina Solufarma. Nos primeiros 3 meses de tratamento, o controlo deve ser efectuado, pelo menos em intervalos de 2 semanas, entre o 4 e o 6 mês em intervalos de 1 mês e posteriormente em intervalos regulares até um máximo de 3 meses. O tratamento deve ser suspenso nos doentes para os quais, em duas consultas consecutivas, seja detectado um aumento da frequência cardíaca em repouso = 10 bpm ou um aumento da pressão arterial sistólica ou diastólica = 10 mmHg. O tratamento deve também ser suspenso em doentes hipertensos, anteriormente bem controlados, se a pressão arterial for superior a 145/90 mm/Hg em duas medições consecutivas. Em doentes com síndroma de apneia do sono devem ser tomados cuidados especiais na monitorização da pressão arterial. Sibutramina Solufarma deve ser utilizada com precaução em doentes que tomem concomitantemente simpaticomiméticos.
Embora a sibutramina não tenha sido associada à hipertensão pulmonar primária (pressão arterial elevada nas artérias pulmonares), a experiência geral existente com outros medicamentos utilizados na redução peso sugere que é importante proceder a uma vigilância adequada para detectar o aparecimento de sintomas, tais como dispneia progressiva (agravamento de crises de ?falta de ar?), dor no peito e edema maleolar (inchaço dos tornozelos). Se observar alguns destes sintomas, consulte imediatamente o seu médico.
Sibutramina Solufarma deve ser utilizado com precaução em doentes com tendência a crises de epilepsia; com insuficiência renal e hepática ligeira a moderada; com antecedentes familiares de tiques motores ou verbais (esgares, movimentos involuntários dos músculos e tiques vocais).
As mulheres em idade fértil devem usar medidas contraceptivas adequadas durante o tratamento com Sibutramina Solufarma.
Existe a possibilidade de consumo abusivo de fármacos com acção ao nível do SNC. No entanto, os dados clínicos disponíveis não revelam quaisquer sinais de consumo abusivo com a sibutramina.
Outros fármacos anti-obesidade estão associados a um aumento do risco de valvulopatias cardíacas. No entanto, dados clínicos com sibutramina não revelaram quaisquer sinais de um aumento desta incidência.
Doentes com antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar, tais como anorexia nervosa ou bulimia nervosa estão contra-indicados. Não existem dados disponíveis de sibutramina no tratamento de doentes com perturbações alimentares compulsivas.
Sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com glaucoma de ângulo aberto com história familiar de risco de pressão intra-ocular elevada.
Tal como com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, há um potencial aumento de risco de hemorragia em doentes sob tratamento com sibutramina. Assim, a sibutramina deve ser administrada com precaução em
doentes com predisposição para hemorragias e que tomem concomitantemente outros medicamentos que afectem a hemostase ou a função plaquetária.
Tomar Sibutramina Solufarma com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Sibutramina Solufarma deve ser utilizado com precaução em associação com alguns medicamentos também metabolizados pelo fígado, pelo que deve informar o seu médico quando já está ou vai iniciar este tipo de medicação.
O metabolismo da sibutramina pode ser inibido pelo cetoconazol e itraconazol (medicamentos utilizados no tratamento de infecções fúngicas), eritromicina, claritromocina, troleandomicina (medicamentos utilizados no tratamento de infecções) e ciclosporina (medicamento utilizado para suprimir as reacções imunitárias, por exemplo, em receptores de transplantes de órgãos).
Poderá verificar se uma aceleração do metabolismo da sibutramina quando esta for utilizada em associação com a rifampicina, antibióticos macrólidos (medicamentos utilizados no tratamento de infecções), fenitoína, carbamazepina, fenobarbital (medicamentos utilizados no tratamento da epilepsia) e dexametasona (um glucocorticóide para o tratamento de reacções inflamatórias).
O uso simultâneo de medicamentos que aumentem os níveis séricos de serotonina pode também originar interacções graves. Este fenómeno é designado por ?síndrome de serotonina? e pode ocorrer, em casos raros associados ao uso simultâneo de um tipo específico de antidepressivos (inibidores selectivos da recaptação da serotonina, ISRS), com determinados medicamentos para o tratamento da enxaqueca (tal como o sumatriptano, dihidroergotamina) ou analgésicos opiáceos (tal como pentazocina, petidina, fentanil, dextrometorfano) ou em caso de utilização simultânea de dois ISRS. Uma vez que a sibutramina inibe a recaptação da serotonina (entre outros efeitos), não deve ser utilizado por doentes que estão a ser simultaneamente tratados com outros medicamentos que aumentem também os níveis da serotonina.
A administração simultânea de Sibutramina Solufarma com outros medicamentos que afectam a pressão arterial ou a frequência cardíaca requer alguma precaução (para o tratamento da tosse, gripe e alergia (Ex. efedrina, pseudoefedrina) e certos descongestionantes (xilometazolina).
Sibutramina Solufarma não altera a eficácia dos contraceptivos orais (pílula).
Não existem dados disponíveis sobre o uso concomitante de Sibutramina com orlistat.
Devem decorrer duas semanas entre a suspensão do tratamento com sibutramina e o início do tratamento com inibidores da monoaminoxidase.
Tomar Sibutramina Solufarma com alimentos e bebidas
Álcool
Estudos realizados demonstraram que Sibutramina Solufarma em dose única, não afectou adicionalmente a capacidade de reacção em indivíduos que ingeriram álcool. Independentemente deste facto, o consumo de álcool não á compatível com as medidas dietéticas recomendadas durante o tratamento.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Gravidez
Uma vez que não foram realizados estudos controlados com Sibutramina Solufarma em mulheres grávidas, não deve utilizar-se Sibutramina Solufarma durante a gravidez. Considera-se geralmente inadequado o uso de fármacos anti-obesidade durante a gravidez pelo que as mulheres em idade fértil devem utilizar medidas contraceptivas apropriadas durante o tratamento com sibutramina e informar o seu médico assistente se ficarem grávidas.
Aleitamento
Desconhece-se se a sibutramina é excretada no leite materno, pelo que a administração de Sibutramina Solufarma está contra-indicada durante o aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Embora a sibutramina não tenha afectado o rendimento psicomotor ou cognitivo em voluntários saudáveis, qualquer fármaco que actue a nível do SNC poderá provocar alterações da consciência e das capacidades cognitivas ou motoras. Assim, durante o tratamento com Sibutramina Solufarma a capacidade de conduzir um veículo e utilizar máquinas poderá ser afectada.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sibutramina Solufarma Sibutramina Solufarma contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Sibutramina Solufarma 10 mg contém o corante amarelo sunset, o qual pode causar reacções alérgicas.