Qual a composição de Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols Solução para perfusão
As substâncias ativas são cloreto de potássio, glucose e cloreto de sódio. Cada 100 ml deste medicamento contém 0,149 g de cloreto de potássio, 3,3 g de glucose (mono- hidratada) e 0,3 g de cloreto de sódio.
Os outros componentes (excipientes) são ácido clorídrico (para ajuste de pH) e água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols Solução para perfusão e conteúdo da embalagem
O Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols é uma solução para perfusão. É uma solução aquosa transparente e incolor.
Este medicamento está disponível em:
- Frascos de vidro (em embalagens contendo 10 frascos de 500 ml)
- Sacos flexíveis de polipropileno (Fleboflex) (em embalagens contendo 20 sacos de 500 ml ou 10 sacos de 1000 ml).
Nem todos os tamanhos podem ser comercializados.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
LABORATORIOS GRIFOLS, S.A. Can Guasch, 2
08150 Parets del Vallés, Barcelona (ESPANHA)
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Espanha Potasio Grifols 0,02 mEq/ml en Glucosa 3,3% y Cloruro de sodio 0,3% Solución para perfusión
Portugal Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols
Solução para perfusão
Este folheto foi revisto pela última vez em Julho de 2018 Outras fontes de informação
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento sítio da internet do Infarmed.
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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols Solução para perfusão é uma solução pronta a usar e deve ser administrada por perfusão lenta.
A osmolaridade teórica da solução é 326 mOsm/l.
Pela concentração de potássio desta solução (20 mEq/l), este medicamento é adequado para ser administrado por via periférica. Se for utilizada uma veia central, é recomendável utilizar a veia femoral e evitar as vias jugular e subclávia.
Em geral, é recomendável não exceder 40 mEq/l através da veia periférica. Posologia:
A dosagem e a duração do tratamento devem ser individualizadas para cada doente dependendo da severidade da hipocalémia, da idade, peso e condição clínica, especialmente em casos de insuficiência dos rins ou do coração.
O equilíbrio de fluidos, a glucose sérica, o sódio sérico e outros eletrólitos podem ter de ser monitorizados antes e durante a administração, especialmente em doentes com aumento da libertação de vasopressina não-osmótica (síndrome de secreção inapropriada de hormona antidiurética (SIADH)) e em doentes co-medicados com medicamentos agonistas da vasopressina devido ao risco de hiponatremia. A monitorização do sódio sérico é particularmente importante no caso dos fluidos fisiologicamente hipotónicos. Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols pode tornar- se hipotónico após a administração devido à rápida metabolização da glucose no organismo.
A dosagem e a velocidade de administração devem ser determinadas por monitorização por eletrocardiograma e determinação do potássio plasmático.
Nos adultos, a dose máxima recomendada de potássio é de 2-3 mEq/kg/dia, sem exceder os 200 mEq/dia, sendo 40-80 mEq/dia a dose recomendada para cumprir os requisitos de manutenção.
A administração de líquidos deve ser baseada nos requisitos de líquido de reposição ou manutenção calculados para cada doente. No entanto, em geral, não deve ser fornecido mais de 40 ml/kg/dia (max. 3000 ml por dia).
A glucose fornecida pela solução não deve exceder os 4-5 mg/kg/min.
Em crianças, a dose de potássio não deve exceder os 3 mEq/kg/dia e os requisitos de manutenção diários são 2-2,5 mEq/kg.
A dose diária recomendada de líquido nestes doentes é o seguinte:
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< 10 kg de peso: 100 ml/kg
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10-20 kg de peso: 1000 ml + 50 ml/kg excedendo os 10 kg
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> 20 kg de peso: 1500 ml + 20 ml/kg excedendo os 20 kg
Doentes com insuficiência dos rins devem receber doses menores devido ao risco de hipercalémia.
A administração numa veia de potássio a uma velocidade de 10 mEq/h é considerada segura. Quando a velocidade de administração é superior a 10 mEq/h, deve ser realizada uma monitorização apertada do doente através de ECG e de determinações periódicas das concentrações de potássio no plasma. Como regra geral, a velocidade de perfusão na veia periférica não deve exceder os 20 mEq/h. Velocidades de administração superiores podem ser conseguidas através de veia central.
Recomendações gerais para a administração de perfusões de potássio numa veia:
| | Veia periférica | Veia central |
Concentração | de potássio | 40 mEq/l | 100 mEq/l Concentrações superiores a 60 mEq/l necessitam de monitorização apertada por ECG |
| Hipocalémia moderada (K+ 2,5 mEq/l) | 10 mEq/h | 20 mEq/h |
Velocidade de perfusão | Hipocalémia severa (K+ < 2,5 mEq/l) | < 20 mEq/h | < 20 mEq/h (excecionalmente, em situações de emergência, até 40 mEq/h com monitorização contínua por ECG) |
Precauções para preparação e manuseamento:
O conteúdo de cada recipiente é destinado a uso único. Qualquer produto não utilizado deve ser eliminado.
A solução deve ser transparente e sem partículas. Em caso contrário não administrar. Sacos Fleboflex:
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Verifique que não existe qualquer fuga apertando o saco firmemente. Se encontrar fugas elimine o produto.
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Para ligar ao sistema de perfusão, separe a pestana de proteção do ponto de infusão para que a membrana de acesso ao saco seja exposta.
Utilize técnica asséptica para administrar a solução bem como para adicionar medicação à solução se for necessário.
Tal como com todas as soluções parentéricas, antes de adicionar ou administrar simultaneamente outra medicação deve ser verificada a ausência de incompatibilidade
tanto com a solução como com o recipiente. O resumo das características do medicamento a ser adicionado deve ser também consultado.
É da responsabilidade do utilizador analisar a incompatibilidade de um medicamento adicionado com o Cloreto de potássio 0,15% + Glucose 3,3% + Cloreto de sódio 0,3% Grifols verificando possíveis alterações de cor e/ou a formação de precipitados, complexos insolúveis ou cristais.
Antes de administrar a mistura, deve verificar a estabilidade e osmolaridade da solução final.
Quando for adicionada a esta formulação uma medicação compatível, a solução deve ser administrada imediatamente, a não ser que a diluição tenha sido efetuada em condições assépticas controladas e validadas.
Incompatibilidades:
Não foram encontrados estudos descrevendo incompatibilidade relacionadas com este medicamento. No entanto, foram descritas incompatibilidades relacionadas com as substâncias ativas da solução.
O cloreto de potássio em misturas intravenosas mostrou incompatibilidade com amoxicilina sódica, anfotericina B, hidrocloreto de dobutamina e penicilina G sódica. Da mesma forma, não é recomendável a injeção dos seguintes fármacos na via em “Y” quando são administradas misturas contendo potássio: azitromicina, hidrocloreto de prometazina, diazepam, fenitoína sódica, succinato sódico de metilprednisolona ou tartarato de ergotamina.
Foi relatado que a solução de glucose-salina com 3,3% de glucose e 0,3% de cloreto de sódio é incompatível com mitomicina devido ao baixo pH desta solução. Da mesma forma, foram observados sinais de incompatibilidade para diferentes concentrações de soluções glucose-salina com: fenitoína sódica, heparina sódica, lactato de haloperidol, imipenem-cilastatina sódica e meropenem. No entanto, alguns destes fármacos podem ser compatíveis com soluções glucose-salina dependendo de diversos fatores, tais como a concentração do fármaco na solução (heparina sódica) ou o período de tempo entre a dissolução e a administração da solução (imipenem-cilastatina sódica e meropenem).
Foram também descritos sinais de incompatibilidade quando alguns fármacos são diluídos em soluções contendo glucose, entre eles: amoxicilina sódica/ácido clavulâmico, ampicilina sódica, interferão alfa-2b e hidrocloreto de procainamida. No entanto, deve ser realçado que alguns destes fármacos, tais como amoxicilina sódica/ácido clavulâmico podem ser diretamente injetados no local de injeção enquanto as soluções para perfusão são administradas.
Foram também descritos sinais de incompatibilidade quando alguns fármacos são diluídos em soluções contendo cloreto, entre eles amsacrina e glucoronato de trimetrexato.
Tratamento de emergência em caso de hipercalémia:
O tratamento da hipercalémia depende da sua gravidade. Foram estabelecidos diferentes regimes consistindo na administração de cálcio para contrariar os efeitos negativos da hipercalémia a nível do coração, na utilização de insulina e glucose ou de bicarbonato de sódio para promover o desvio do potássio extracelular para a célula e/ou a utilização de diuréticos, resinas permutadoras de catiões ou diálise para aumentar a sua excreção:
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Se houver manifestações do coração: administração de sais de cálcio por via intravenosa (10-20 ml de gluconato de cálcio 10%). Em alguns casos é necessária uma segunda administração.
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Para reduzir o potássio plasmático rapidamente: administração numa veia de insulina e glucose (por exemplo, 5-15 unidades de insulina juntamente com 50 ml de glucose 50%). Alternativamente ou adicionalmente, em doentes acidóticos, pode ser administrado bicarbonato de sódio por via intravenosa (40-160 mEq administrados durante 5 minutos).
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Para remover do corpo o potássio em excesso: utilização de diuréticos, particularmente diuréticos da ansa (furosemida), resinas permutadoras de catiões (poliestireno sulfonato de sódio ou cálcio) por via oral ou retal, ou hemodiálise ou diálise peritoneal em casos de falência dos rins grave e hipercatabolismo.
Deve ser tido em conta que o rápido abaixamento dos níveis de potássio no plasma em doentes a tomar digitálicos pode causar toxicidade glicosídica do coração.
Medidas preventivas para evitar a tromboflebite:
Pode ocorrer extravasamento ou tromboflebite se a administração da solução for prolongada. Para evitar a tromboflebite, é recomendável alterar o local da inserção do cateter a cada 24-48 horas.