Tome especial cuidado com Alprazolam Medilusa nas seguintes situações:
O Alprazolam Medilusa não deve ser administrado no caso de doentes com: Alergia à substância activa ou a qualquer dos outros componentes do medicamento, ou a outras benzodiazepinas
Miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, síndrome de apneia do sono ou insuficiência hepática grave.
Tolerância
Pode ocorrer alguma diminuição de eficácia do efeito hipnótico das benzodiazepinas após
- uso repetido ao longo de poucas semanas.
Dependência
O uso de benzodiazepinas pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psíquica destes fármacos. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento; é também maior nos doentes com história de alcoolismo ou de toxicodependência.
Quando se desenvolve dependência, a interrupção brusca pode ser acompanhada de síndrome de privação, o qual pode manifestar-se com cefaleias, mialgias, ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão, irritabilidade, disforia ligeira e insónia. Em situações graves podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, hiperacúsia, torpor e parestesias das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações, dores e cãibras abdominais, vómitos, sudação, tremuras e convulsões. Estes sinais e sintomas, especialmente os mais graves, são normalmente mais comuns nos doentes que receberam doses excessivas durante períodos prolongados. Contudo, há relatos de sintomas de abstinência após a interrupção abrupta de benzodiazepinas administradas em níveis terapêuticos. Consequentemente, deve evitar-se o abandono repentino da medicação, instituindo-se um esquema de redução gradual (ver Posologia e modo de administração). Quando se interrompe a
terapêutica em doentes com perturbações relacionadas com pânico, a sintomatologia associada à recidiva dos ataques de pânico mimetizam muitas vezes os sintomas de privação.
Amnésia
As benzodiazepinas podem induzir amnésia anterógrada. Isto ocorre mais frequentemente várias horas após a ingestão do fármaco. Para reduzir este risco, os doentes devem assegurar a possibilidade de fazer um sono ininterrupto de sete a oito horas (ver também Efeitos Indesejáveis).
Reacções psiquiátricas e paradoxais
Durante o tratamento com benzodiazepinas foram referidas reacções de inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, ataques de raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos comportamentais. O tratamento deve ser interrompido se tais reacções se manifestarem. Estas reacções ocorrem mais frequentemente em crianças e idosos.
Grupos de doentes especiais
A administração a doentes com ansiedade associada a depressão grave ou tendências suicidas deve revestir-se de precauções especiais e de adequabilidade da posologia prescrita. As perturbações relacionadas com pânico têm sido associadas a estados depressivos primários e secundários ?major? e ao aumento de suicídios em doentes não tratados. Portanto, devem tomar-se as mesmas precauções ao administrar as doses de Alprazolam Medilusa mais elevadas para tratamento de doentes com perturbações relacionadas com pânico, bem como sob qualquer terapêutica com psicotrópicos no tratamento de doentes deprimidos ou nos que manifestem tendências ou planos suicidas.
Não foi estabelecida a segurança e a eficácia do Alprazolam Medilusa em doentes com idade inferior a 18 anos.
As benzodiazepinas não devem ser administradas a crianças sem uma avaliação cuidadosa da necessidade de instituir a terapêutica e a duração do tratamento deve ser a mínima possível. Os idosos devem receber uma dose reduzida (ver Posologia e modo de administração). Está também recomendada uma dose mais baixa nos doentes com insuficiência respiratória crónica, devido ao risco de depressão respiratória. As benzodiazepinas não estão indicadas no tratamento de doentes com insuficiência hepática grave uma vez que podem desencadear encefalopatia. Ao administrar o Alprazolam Medilusa a insuficientes renais devem tomar-se as precauções habituais.
Indivíduos com história de alcoolismo ou toxicodependência devem ser cuidadosamente observados enquanto receberem benzodiazepinas, devido à sua predisposição para o hábito e dependência.
Tomar Alprazolam Medilusa com outros medicamentos
Deverá avisar o seu médico se estiver a tomar outros medicamentos com acção depressora do Sistema Nervoso Central.
Pode ocorrer uma intensificação do efeito depressor do alprazolam no caso de uso simultâneo com antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, fármacos anti-depressivos, analgésicos narcóticos, fármacos anti-epilépticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos.
No caso dos analgésicos narcóticos pode ocorrer intensificação da euforia, provocando um aumento da dependência psíquica.
As substâncias que inibem certas enzimas hepáticas (particularmente o Citocromo P450) podem intensificar a actividade das benzodiazepinas.
Com base no grau de interacção e no tipo de dados disponíveis, realizam-se as seguintes recomendações:
Não se recomenda a administração de alprazolam com cetoconazol, itraconazol ou outros antifúngicos azólicos;
Recomenda-se precaução e que se considere a redução da dose quando o alprazolam é co-administrado com nefazodona, fluvoxamina e cimetidina;
Recomenda-se precaução quando o alprazolam é co-administrado com a fluoxetina, propoxifeno, contraceptivos orais, sertralina, diltiazem ou antibióticos macrólidos, tais como a eritromicina e a troleandomicina;
Interacções envolvendo inibidores da protease HIV (p. ex. ritonavir) e o alprazolam são complexas e dependentes do tempo. Baixas doses de ritonavir resultaram numa grande alteração da depuração do alprazolam, prolongaram a sua semi-vida de eliminação e aumentaram os seus efeitos clínicos. Contudo, após exposição prolongada ao ritonavir, a indução do CYP3A altera esta inibição. Esta interacção requer um ajuste de dose ou interrupção do alprazolam.
Tomar Alprazolam Medilusa com alimentos e bebidas
Não é recomendada a ingestão concomitante de álcool.
O efeito sedativo do alprazolam pode aumentar quando utilizado em simultâneo com o álcool, o que afecta a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Gravidez e aleitamento
Fale com o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Os dados relativos à teratogenicidade e efeitos sobre o desenvolvimento e comportamento pós-natal após terapêutica com benzodiazepinas são inconsistentes. Existem evidências de alguns estudos iniciais com outros membros da classe das benzodiazepinas que mostram que a exposição in útero pode encontrar-se associada a
malformações. Estudos posteriores realizados com a classe das benzodiazepinas não forneceram evidências claras de qualquer tipo de malformação.
Existe potencial para a ocorrência de malformações congénitas, em caso de medicação com benzodiazepinas durante a gravidez. Devido ao carácter raramente urgente deste tipo de medicação, deve evitar-se a administração de Alprazolam Medilusa durante o primeiro trimestre.
Se o fármaco for prescrito a uma mulher em idade fértil, esta deve ser avisada para contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver intenção de engravidar ou se suspeitar que está grávida.
Se por razões médicas o fármaco for administrado durante a última fase da gravidez ou durante o trabalho de parto em doses elevadas, podem esperar-se efeitos no recém-nascido, tais como hipotermia, hipotonia, depressão respiratória moderada e síndrome de privação, devido à acção farmacológica do fármaco
Os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepinas de modo crónico durante a última fase da gravidez podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar em risco de desenvolver sintomas de privação no período pós-natal.
As benzodiazepinas são excretadas no leite materno pelo que não devem ser administradas a mães que amamentem. No entanto os níveis destes compostos no leite materno são baixos.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A exemplo de outros fármacos que actuam sobre o Sistema Nervoso Central os doentes em tratamento com Alprazolam Medilusa devem ser advertidos para não operar veículos motorizados ou maquinaria perigosa até que se tenha a
certeza de que não experimentam sonolência ou tonturas enquanto recebem este medicamento.
Sonolência, amnésia, dificuldades da concentração e alterações da função muscular podem afectar negativamente a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente há maior probabilidade de a capacidade de reacção ser diminuída (ver Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).
Informações importantes sobre alguns componentes do Alprazolam Medilusa
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas de intolerância à lactose, deficiência de galactose e má absorção de glucose-galactose, não deverão tomar este medicamento.