O que é e como se utiliza?
Neo-Davisolona, colírio, solução é antibacterianos e corticosteroides
Neo-Davisolona está indicada no tratamento tópico das infeções oculares causadas por micro-organismos sensíveis à neomicina e que requerem a associação de um corticosteroide, para alívio da inflamação que acompanha a infeção ocular. Tais infeções incluem conjuntivites, blefarites, blefaroconjuntivites, queratites ou queratoconjuntivites.
2. ANTES DE UTILIZAR NEO-DAVISOLONA
Não utilize Neo-Davisolona
-se tem alergia (hipersensibilidade) ao sulfato de neomicina e á prednisolona ou a qualquer outro componente de Neo-Davisolona;
- queratite aguda superficial causada por Herpes simplex;
- doenças das estruturas oculares devidas a fungos;
- doenças da córnea e da conjuntiva de origem viral (vacinia, varicela e outras)
- tuberculose ocular.
Tome especial cuidado com Neo-Davisolona
O uso prolongado de antibióticos tópicos pode dar origem a desequilíbrios da flora local, permitindo o desenvolvimento de organismos não suscetíveis como os fungos.
Na presença de ulceração persistente da córnea deve-se suspeitar de uma invasão fúngica.
APROVADO EM 22-11-2012 INFARMED
Têm sido relatadas reações alérgicas cruzadas aos aminoglicosídeos em geral, pelo que os indivíduos que se revelem alérgicos à neomicina, poderão sê-lo também a outro aminoglicosídeo (administrado por via tópica ou sistémica) e, vice-versa.
Os corticosteroides tópicos quando usados em associação com a neomicina podem mascarar sinais clínicos de infeção bacteriana, fúngica ou viral ou suprimir as reações de hipersensibilidade ao antibiótico ou outro componente da fórmula. Caso ocorra superinfeção, sinais de hipersensibilidade ou persista uma irritação, o tratamento com Neo-Davisolona deve ser suspenso e instituída a terapêutica adequada.
O uso prolongado e excessivo de corticosteroides tópicos pode inibir a função do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal, causando insuficiência suprarenal secundária e atraso de crescimento, sobretudo em crianças pequenas. A aplicação a nível ocular, a longo prazo, pode causar cataratas ou glaucoma.
O uso prolongado de Neo-Davisolona pode originar um aumento da pressão intraocular ocular, pelo que é necessária vigilância da pressão intraocular em tratamentos com duração superior a 10 dias. Em doentes com glaucoma ou história familiar de glaucoma é recomendável evitar o uso de Neo-Davisolona.
Os doentes com história clínica envolvendo queratites devidas a Herpes simplex deverão ser tratados com precaução.
As lentes de contacto (rígidas ou hidrófilas) são desaconselhadas durante o tratamento de uma infeção ocular. A Neo-Davisolona não deve ser instilada, enquanto o doente tiver as lentes de contacto colocadas.
Se não se verificarem melhorias após 5 a 7 dias de aplicação do colírio, ou se os sintomas se agravarem, será necessário consultar o oftalmologista.
Há necessidade de colheita de amostras adequadas para identificação do micro-organismo responsável pela patologia ocular antes do início do tratamento com Neo-Davisolona.
Ao utilizar Neo-Davisolona com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Em caso de absorção sistémica significativa:
- o sulfato de neomicina pode intensificar e prolongar o efeito depressor respiratório dos agentes bloqueadores neuromusculares;
- o metabolismo dos glucocorticoides é acelerado pelos barbitúricos e rifampicina. A administração concomitante de glucocorticoides e salicilatos pode reduzir os níveis séricos dos salicilatos. A administração de glucocorticoides pode aumentar a necessidade de ajustes na terapêutica da insulina, fármacos hipoglicemiantes, ou fármacos hipertensivos.
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Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A segurança da administração tópica ocular da neomicina e da prednisolona durante a gravidez e aleitamento não está totalmente estabelecida.
O seu uso, deverá ser controlado diretamente pelo médico, que deve avaliar a razão benefício/risco mais favorável para cada caso.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Tal como acontece com qualquer outro medicamento ocular, uma turvação transitória da visão, assim como outras perturbações visuais, podem afetar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. Caso se verifique uma turvação da visão no momento da instilação, o doente deve aguardar que a visão normalize antes de conduzir e/ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Neo-Davisolona
Este medicamento contém nitrato de fenilmercúrio. Pode causar reações alérgicas.
3. COMO UTILIZAR NEO-DAVISOLONA
Utilizar Neo-Davisolona sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A posologia deve ser adaptada às necessidades terapêuticas do doente, e como tal, a definir pelo médico oftalmologista. A dose aconselhada é, em média, a aplicação de uma a duas gotas de Neo-Davisolona, colírio, solução, duas a quatro vezes ao dia.
Via e modo de administração
Uso oftálmico. O modo de administração, consiste em aplicar a dose de Neo-Davisolona, colírio, solução, indicada pelo médico, no(s) olho(s) afetado(s).
Evitar o contacto do frasco com o olho.
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser determinada pelo médico oftalmologista com base na situação clínica do paciente.
CRIANÇAS, IDOSOS E DOENTES COM PATOLOGIAS ESPECIAIS: Ver secção 2 “Tome especial cuidado com Neo-Davisolona”.
Se utilizar mais Neo-Davisolona do que deveria
Nas doses terapêuticas recomendadas, a Neo-Davisolona, colírio, solução, é, geralmente, bem tolerada. Na eventualidade de ocorrer sobredosagem, pela aplicação de elevadas quantidades, frequência de aplicação e duração do tratamento, poderão surgir sintomas de
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sobredosagem (ototoxicidade, nefrotoxicidade, alterações neuromusculares, reações alérgicas anafiláticas, hipotensão, estado de inconsciência, apneia, paragem cardíaca, supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal e atraso de crescimento, sobretudo em crianças pequenas). Na eventualidade desta situação ocorrer deve ser imediatamente suspenso o tratamento e procurada assistência médica / hospitalar.
Caso se tenha esquecido de utilizar Neo-Davisolona
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de utilizar. No caso de se esquecer de uma dose, administre-a assim que se lembrar e, continue o tratamento de acordo com o estabelecido.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os todos os medicamentos, Neo-Davisolona pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Devido à neomicina e uma vez que esta se revelou um agente sensibilizante por contacto (entre 5 a 15% dos indivíduos tratados), quando usada por longos períodos, podem ocorrer reações de hipersensibilidade que se manifestam como conjuntivite de contacto, sensação de queimadura, “rash”, eritema, urticária e outros sinais de irritação, não presentes anteriormente à terapêutica.
Em doentes predispostos e com o uso prolongado, os corticosteroides de aplicação tópica ocular podem causar aumento da pressão intraocular e outros efeitos menos frequentes ou raros, como glaucoma, lesão do nervo ótico, defeitos na acuidade e campo visual, formação de catarata subcapsular posterior, infeção ocular secundária por germes patogénicos (incluindo Herpes simplex) e, perfuração do globo ocular.
Efeitos secundários associados aos corticoides: queratite, conjuntivite, midríase, hiperémia conjuntival, perda da acomodação do cristalino e ptose palpebral.
Uma vez que a absorção sistémica pode ocorrer após a aplicação tópica no olho, deve ser tido em conta a possibilidade de efeitos secundários sistémicos, tais como: cefaleias, hipotensão, renite, faringite ou alterações gustativas têm sido relatadas. Outros efeitos sistémicos associados à instilação tópica de corticoides são raros, mas podem aumentar em casos de utilização muito prolongada do fármaco.
APROVADO EM 22-11-2012 INFARMED
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